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Publicado em: 11/08/2015
Pesquisadores da USP desenvolvem técnica para tratamento do ronco
Pesquisadores do Laboratório do Sono, do Instituto do
Coração do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de
São Paulo, desenvolveram uma técnica para reduzir a frequência e a altura do
ronco até que ele se torne imperceptível em alguns casos. A aplicação também
ajuda no tratamento da apneia do sono de grau leve e moderado, porque resulta
na diminuição do número de engasgos à noite.
A técnica consiste em uma série de seis exercícios para fortalecer os músculos
envolvidos na produção do ronco e na apneia do sono obstrutiva. Os exercícios
devem ser feitos três vezes ao dia, durante 8 minutos e incorporados às
atividades corriqueiras do indivíduo. Segundo a fonoaudióloga Vanessa Ieto, os
exercícios ajudam a melhorar a flacidez na musculatura da língua, fim do céu da
boca e a úvula (conhecida como campainha). O estudo foi publicado na revista
acadêmica Chest.
“Todos os pacientes que participaram da pesquisa
fizeram seis exercícios durante três meses, mas, para ser eficaz, é preciso ter
o diagnóstico correto, a avaliação de fonoaudiólogo especializado, orientação
do profissional e acompanhamento durante os exercícios para não fazer nenhum
movimento errado e não surtir efeito”, disse Vanessa.
De acordo com o diretor do Laboratório do Sono do Incor, Geraldo Lorenzi Filho,
muito mais comum do que se pensa, o ronco é causado por uma vibração da
musculatura da garganta quando o ar passa. O ronco ocorre quando a pessoa
dorme, relaxa a musculatura, e a passagem para o ar na faringe é muito estreita.
“Pode parecer uma coisa boba, mas incomoda muito, e ficar roncando todas as
noites pode deixar a musculatura mais flácida e, no futuro, causar apneia”,
afirmou o médico.
Lorenzi informou que, na cidade de São Paulo, um a cada três indivíduos tem algum grau de ronco variável (30% com relação ao número de roncos por hora na noite e 60% com relação à intensidade ou volume). No caso dos roncos mais leves, o tratamento é perder peso, dormir de lado, não beber álcool ou tomar sedativos durante a noite e desobstruir o nariz. “Entre as causas do ronco estão a garganta estreita, a obesidade e a mandíbula afastada para trás. Estudamos muito a relação da apneia do sono com a doença cardíaca. Com a idade, o ronco também aumenta. Nos casos de apneia grave, aumenta o risco de pressão alta, arritmia, diabetes e alterações de arteriosclerose.”
O aposentado Nelson Ieto, de 65 anos, disse que aos 35 anos teve um infarto e decidiu mudar de vida. Parou de fumar e beber e adotou práticas mais saudáveis no cotidiano. Mais tarde, a filha de Ieto formou-se em fonoaudiologia, o que aumentou o interesse dele pelo assunto. Como roncava demais, a indicação foi a de fazer a polissonografia, o que o fez descobrir que tinha apneia do sono. “Há dois anos, faço os exercícios de fono, além dos meus exercícios diários normais. Mudou totalmente minha vida. Minha esposa percebeu que parei de roncar, e eu durmo mais tranquilo.”
Com informações da Agência Brasil