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Publicado em: 13/12/2017
Também estamos de olho: Crefito-3 faz alerta ao Fantástico sobre reportagem de dor de coluna
No último domingo (10), o programa Fantástico, da Rede Globo, veiculou uma reportagem da série “Essa dor que não passa”, apresentada pelo médico Dr. Drauzio Varella, a respeito da dor lombar e de suas principais causas. O programa está certo ao destacar a dor lombar, uma das principais causas de afastamentos no trabalho, alertando que cerca de 80% da população irá desenvolver dores nesta região em algum período da vida.
Mas a produção do Fantástico também comete falhas, prestando um desserviço à população e ajudando a perpetuar mitos que mantém a população afastada de tratamentos eficazes contra males como o da dor na coluna.
Nesta primeira reportagem, a matéria desconsidera procedimentos avançados, sobretudo na área da Fisioterapia, que indicam cada vez menos o uso de fármacos e de procedimentos invasivos. Em mais de 13 minutos de reportagem, a Fisioterapia é citada uma única vez, mesmo assim sendo reduzida a "técnica de tratamento".
Este e outros alertas fazem parte de Carta enviada pelo Crefito-3 à Produção do Fantástico, nesta quarta-feira, dia 13 de dezembro. Nela, o Crefito-3, reverberando a preocupação de fisioterapeutas especialistas, alerta para vários equívocos na reportagem, solicita imediata reparação e coloca-se à disposição para contribuir, disponibilizando profissionais com expertise para construção de conteúdos cada vez mais atualizados e, assim, contribuir para que a informação chegue ao público da forma mais completa possível.
Acesse cópia da Carta enviada pelo Crefito-3.
Excesso na indicação de cirurgias
O Hospital Albert Einstein desenvolveu um programa em que reavaliou indicações de cirurgias da coluna. Segundo dados, em dois anos, dos 1.679 pacientes que chegaram com pedido médico para operação, apenas 41% foram confirmados como realmente necessários. A grande questão do excesso de indicação de cirurgias de coluna é que, além de ser altamente oneroso, pois os procedimentos chegam até 200 mil reais, quando mal indicada, as operações podem ocasionar em perda de mobilidade e outras sequelas.