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Aprovação de projeto de lei coloca em destaque a importância da abordagem interdisciplinar no enfrentamento da seletividade alimentar de crianças diagnosticadas com TEA.
Publicado em: 04/01/2023
4 de janeiro: Dia do Hemofílico
Hemofilia é uma doença genético-hereditária que se caracteriza por desordem no mecanismo de coagulação do sangue e manifesta-se quase exclusivamente no sexo masculino.
Hoje é comemorado o Dia do Hemofílico, data que tem por objetivo chamar atenção à Hemofilia, doença genético-hereditária que prejudica a capacidade do corpo humano em controlar a circulação do sangue, além de dificultar o processo da coagulação.
A data foi escolhida em homenagem ao cartunista Henfil, que faleceu em 04 de janeiro de 1988. Assim como ele, seus irmãos Betinho, como era conhecido o sociólogo Herbert de Souza, e o músico Chico Mário, também tinham hemofilia. Devido às transfusões de sangue que antes eram necessárias para o controle da doença, os irmãos contraíram o vírus HIV e, por complicações da doença, vieram a óbito entre os anos 1987 e 1988.
Existem dois tipos de hemofilia: A e B, sendo que a hemofilia A ocorre por deficiência do fator VIII de coagulação do sangue, e a hemofilia B, por deficiência do fator IX. Os pacientes com hemofilia podem ser atingidos desde a primeira infância, o que pode gerar danos no aparelho locomotor, como artrose, deformidades e dor nas articulações, comprometer a qualidade de vida do portador e causar impacto social na vida do paciente.
Segundo a Associação Brasileira de Pessoas com Hemofilia (ABRAPHEM), “a Fisioterapia tem papel muito importante nas disfunções musculoesqueléticas que afetam as pessoas com hemofilia, pois 90% de todos os sangramentos dessas pessoas ocorrem no aparelho locomotor, sendo 80% dos episódios nas articulações e 20% nos músculos. Tais hemorragias podem ser decorrentes de traumas ou espontâneas e a hemorragia dentro da articulação (hemorragia intra-articular ou hemartrose) é considerada a principal causa de morbidade das pessoas com hemofilia”.
Sintomas e tratamento
Nos quadros graves e moderados, os sangramentos repetem-se espontaneamente. Em geral, são hemorragias intramusculares e intra-articulares que desgastam primeiro as cartilagens e depois provocam lesões ósseas. Os principais sintomas são dor forte, aumento da temperatura e restrição de movimento. As articulações mais comprometidas costumam ser joelho, tornozelo e cotovelo.
O tratamento pode ser feito de duas formas diferentes, dependendo do tipo de hemofilia. A terapia normal é a injeção dos concentrados no corpo para prevenir sangramentos ou até mesmo no primeiro sinal de hemorragia. Já a terapia profilática consiste na forma preventiva e não apenas durante as crises. Esta terapia é capaz de evitar consequências mais graves e aumentar a qualidade de vida do paciente.
No tratamento da hemofilia, a Fisioterapia tem por objetivo:
aliviar a dor;
auxiliar na reabsorção da hemorragia;
atuar sobre o processo inflamatório;
recuperar o trofismo muscular;
melhorar a força muscular;
melhorar a mobilidade articular;
estimular a atividade física, proporcionando condição física adequada;
melhorar a qualidade de vida, reduzindo os períodos de imobilização e incentivando a prática de esportes adequados;
prevenir e tratar as lesões e sequelas mediante a aplicação de métodos fisioterapêuticos gerais e específicos e utilização de dispositivos ortopédicos.
Para saber mais sobre o tratamento da Hemofilia, consulte o Manual de Reabilitação na Hemofilia, desenvolvido pelo Ministério da Saúde, clique aqui e acesse o documento.