A Câmara Técnica de Saúde Suplementar do CREFITO-3 publicou o Parecer Técnico nº 01/2025, que responde a uma demanda da Ouvidoria sobre glosas em procedimentos fisioterapêuticos com base na justificativa de “uso específico da Fisiatria”
Aprovação de projeto de lei coloca em destaque a importância da abordagem interdisciplinar no enfrentamento da seletividade alimentar de crianças diagnosticadas com TEA.
Publicado em: 18/04/2024
Seminário na Alesp abordou prevenção do AVC e contou com participação das Câmaras Técnicas do Crefito-3
Evento ofereceu subsídios para o projeto de lei nº 1.115/2023, que propõe criação da Política de Prevenção do AVC no estado de São Paulo e inclui fisioterapeutas e terapeutas ocupacionais na equipe multidisciplinar
A Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp) foi palco do "Seminário sobre Acidente Vascular Cerebral (AVC): Prevenção, Diagnóstico, Tratamento e Reabilitação", com destaque para o papel da fisioterapia e terapia ocupacional.
O evento, promovido pelo deputado estadual Edmir Chedid, ocorre no contexto da tramitação do PL nº 1.115/2023 - de autoria de Chedid -, que visa instituir a Política Estadual de Prevenção do AVC e Apoio às Vítimas em São Paulo, incluindo fisioterapeutas e terapeutas ocupacionais na equipe multidisciplinar.
O deputado Chedid, que enfrentou um AVC, compartilhou sua experiência durante o evento, destacando a importância do apoio às vítimas e da prevenção.
Expertise de representantes do Crefito-3 contribuiu para o debate
Representantes das Câmaras Técnicas de Fisioterapia Neurofuncional e Terapia Ocupacional em Saúde Funcional do Crefito-3, foram palestrantes no Seminário, enriquecendo o debate com suas expertises. O evento reuniu diversos especialistas, cujas apresentações contribuirão para embasar políticas públicas de prevenção ao AVC, beneficiando os usuários do SUS.
A fisioterapeuta Dra. Letícia Moraes de Aquino, mostrou como a fisioterapia desempenha um papel essencial na reabilitação pós-AVC e que, desde a atenção primária até a fase ambulatorial, a fisioterapia visa melhorar a mobilidade funcional e prevenir complicações.
A Dra. Letícia Aquino enfatizou que o fisioterapeuta deve ter olhar sistêmico e biopsicossocial; deve se basear nas melhores evidências científicas para melhor custo-efetividade, e precisa sempre buscar os resultados para além do contexto ambulatorial, com foco no ambiente do paciente para seu retorno à comunidade e reinserção social.
Já a terapia ocupacional, conforme apresentada pela terapeuta ocupacional Dra. Samira Mercaldi Rafani, é fundamental para promover a independência e autonomia nas atividades cotidianas após um AVC. Com abordagem individualizada, a terapia ocupacional combina estratégias para aprimorar habilidades motoras, sensoriais e cognitivas, facilitando a reintegração social.
Dentre essas estratégias, a Dra. Samira destacou intervenções terapêuticas ocupacionais voltadas para o aperfeiçoamento das habilidades ou funções motoras, sensoriais, cognitivas e mentais necessárias para o desempenho ocupacional, simplificação, modificação e ensino das atividades cotidianas, além de estratégias compensatórias, adaptação ambiental, confecção e prescrição de recursos de Tecnologia Assistiva para melhor desempenho ocupacional.
Os palestrantes ressaltaram a necessidade de uma abordagem interdisciplinar e individualizada para promover a recuperação funcional e a reintegração social dos pacientes após um AVC. A conscientização da família sobre o papel dos profissionais de saúde nesse processo é fundamental, bem como a busca por cuidados especializados desde os primeiros sinais do AVC.