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Publicado em: 17/08/2015

SUS terá mês de atenção especial à saúde da mulher no campo

O Ministério da Saúde está promovendo um conjunto de ações para melhorar a saúde das mulheres do campo, das florestas e das águas. As iniciativas atendem às reivindicações das trabalhadoras rurais, extrativistas, indígenas e quilombolas que fazem parte da Marcha das Margaridas, movimento que está em Brasília esta semana. São ações que incluem um mês de ações intensivas para a mulher desta área, odontologia e vigilância. “Vamos avançar no cuidado ao câncer, particularmente de mama e do colo. Vamos aprimorar as condições para o tratamento de intoxicações por agrotóxicos e por acidentes com animais peçonhentos. Teremos também avanços significativos na atenção à saúde bucal”, enumerou a presidenta da República, Dilma Rousseff, durante do lançamento do plano de ação.

O ministro da Saúde, Arthur Chioro, reforçou que “todas essas iniciativas são um compromisso do governo federal para intensificar a saúde da mulher do campo, da floresta e das águas, expressas em programas como o Mais Médicos, que hoje conta com 1.510 médicos que atendem às comunidades ribeirinhas, quilombolas e indígenas”. 

Uma das conquistas destacada pela presidenta Dilma foi a entrada da Saúde da Trabalhadora do Campo no calendário do Sistema Único de Saúde (SUS). Isso porque, a partir de 2015, todos os anos haverá um mês dedicado à saúde da mulher. Serão 30 dias para monitorar e intensificar as ações de atenção integral à saúde feminina por meio de mobilização nacional. Neste ano, será em novembro, quando os postos de saúde se organizarão para acolhê-las, de forma prioritária, ofertando consultas clinico-ginecológicas e exames preventivos, como papanicolau e mamografia, reforçando, assim, o cuidado ao câncer, especialmente de mama e colo. Também será feita a detecção de hipertensão e diabetes, distribuição da vacina do HPV, de pílula do dia seguinte e atualização do esquema vacinal. “São ações que estão disponíveis nas unidades de saúde durante todo o ano, contudo, no mês de mobilização nacional, o atendimento será prioritário”, explica Chioro.

“Estamos muito felizes com este plano. Por conta das dimensões continentais deste país é muito difícil chegar a todas as mulheres e no campo o acesso é ainda mais difícil. É importante que essas medidas possam chegar até nós” comentou Maria das Neves, da União Brasileira das Mulheres. Ela lembrou que um dos grandes problemas tem sido a falta de exames preventivos do câncer de mama e do colo do útero. “O câncer tem levado à morte prematura de muitas mulheres no campo e uma medida que eu quero destacar é universalização da vacina contra o HPV para as nossas jovens, principalmente na região Norte do País”, completou.

Para prevenção e tratamento do câncer de mama e do colo do útero, o Ministério da Saúde realizou no ano passado mais de 9,3 milhões de exames citopatológicos e 4,3 milhões de mamografias no País todo.

O plano também vai reforçar o enfrentando da mortalidade materna. Para tanto, o Ministério da Saúde está propondo a capacitação de 200 parteiras tradicionais da população do campo e de áreas distantes e entregar um conjunto de instrumentos para auxiliá-las neste ofício. No mesmo sentido, será incorporada ao Sistema Único de Saúde (SUS) a distribuição de kits anti-hemorragia (traje de emergência), para serem utilizados, caso necessário, após o parto para controle de sangramento. Evitando a morte por hemorragia, dando tempo necessário para que a mulher possa ser transportada ao hospital mais próximo. Assim, serão disponibilizados, neste primeiro momento, 500 trajes de emergência e serão treinados profissionais de saúde para utilizá-los.

De 1990 a 2012, a razão da mortalidade materna no Brasil caiu 57%, passando de 143,2 mortes por 100 mil nascidos vivos para 61,5 óbitos por 100 mil nascidos vivos. Um dos fatores que contribuiu para essa redução foi o aumento do número de consultas de pré-natal pelo SUS. Somente em 2014, foram realizadas mais de 20 milhões de consultas, ampliação de 105% em relação a 2003.

O Ministério da Saúde investiu R$ 16,7 milhões na compra de 102 Unidades Odontológicas Móveis para distribuir, ainda em 2015, a municípios que tenham população em área rural, que fazem parte do Programa Brasil Sem Miséria, e outras sete em áreas indígenas. A cada ano, serão repassados R$ 6,1 milhões para o custeio dessas unidades que conseguem chegar a locais de difícil acesso, facilitando o atendimento para tratamento de cáries e outros serviços geralmente só feitos na zona urbana.

Com informações do Portal Brasil