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Publicado em: 17/11/2015
Compra conjunta de medicamentos gera economia de até 83%
Os países do Mercosul fecharam a primeira compra
conjunta de medicamentos, em uma iniciativa inédita no mundo como estratégia de
negociação de preço junto às farmacêuticas. A estratégia alcançou descontos de
até 83% na aquisição de medicamentos de aids. A compra foi firmada na
última sexta-feira (13), em Assunção, Paraguai, durante reunião de ministros de
saúde do bloco.
“Em um momento em que os países discutem a sustentabilidade de seus sistemas de
saúde, essa ação inovadora pode garantir a ampliação da assistência em saúde
com o que há de mais moderno e de maneira mais econômica”, destacou o ministro
da Saúde do Brasil, Marcelo Castro. “Adotamos uma estratégia inédita com as
farmacêuticas, que fortalece a integração dos países e que nos assegura
melhores condições”, ressaltou.
Nesta primeira rodada de negociação, ficou acertada a aquisição do medicamento
darunavir, usado no tratamento de aids, por oito países. O valor negociado, de
US$ 1,26 por unidade, é cerca de cinco vezes menor que o praticado na
Venezuela, Chile e Uruguai, por exemplo. Esses três países, junto a Brasil,
Argentina, Paraguai, Peru e Suriname, vão economizar mais de US$ 20 milhões com
a compra conjunta. Para o Brasil, que já registrava um dos menores preços do
bloco, de US$ 2,98 por unidade, representará uma redução de US$ 14,2 milhões.
Os países do Mercosul também avançaram na compra conjunta de três medicamentos
para hepatite C – sofosbuvir, daclastavir e simeprevir. Essa é a mais inovadora
linha de tratamento para a doença, cujo uso aumenta para 90% as chances de
cura.
A meta era atingir o preço contratado pelo Brasil
este ano, equivalente a US$ 9.425 para o tratamento de 12 semanas, valor 300%
menor que o praticado pelos países europeus e Canadá. Com as negociações desta
semana, os países estudam, agora, uma nova alternativa de tratamento com um
preço 14% menor.
A realização desses acordos será fundamental para viabilizar a oferta de
tratamento para hepatite C em pelo menos mais quatro países da América do Sul.
Argentina, Chile, Venezuela e Uruguai já haviam iniciado o processo de aquisição
para melhorar o tratamento da doença, mas tiveram de encerrar por conta de
valores muitos altos para a sustentabilidade de seus sistemas de saúde. Agora,
retomam este projeto.
A compra conjunta de medicamentos é fruto de acordo assinado em julho deste ano
durante reunião de ministros do Mercosul no Brasil, quando o País estava à
frente da presidência do bloco. O objetivo é assegurar os melhores preços de
compra de medicamentos e insumos para os sistemas de saúde dos 12 países da
América do Sul.
Os países priorizaram, nesta primeira rodada de negociações, quatro
medicamentos estratégicos, um para aids (darunavir), com alta variação de preço
de um país para outro, e três para hepatite C, cujo valor inviabilizava a
oferta em alguns dos sistemas de saúde da América do Sul.
Os quantitativos adquiridos serão definidos pelos governos de acordo com as
demandas locais. Os países deverão realizar a compra por meio da Organização
Pan-Americana da Saúde (Opas) ou em conjunto com os sistemas nacionais. No caso
da compra do darunavir, para aids, a aquisição será pelo fundo global da Opas.
Uma segunda rodada de compra conjunta está prevista para 2016 com foco em
quatro medicamentos para tratamento de câncer e de aids. O Brasil investiu, em
2014, mais de R$ 500 milhões na compra desses quatro produtos.
Com informações
do Portal Brasil