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Publicado em: 10/12/2015

Pesquisa mostra que 17% dos médicos já sofreram agressão em São Paulo

Uma pesquisa feita pelo Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo (Cremesp) revelou que 47% dos médicos conhecem um colega que sofreu algum episódio de violência na relação com pacientes. De acordo com a pesquisa, 17% foram vítimas e tiveram conhecimento de colegas que viveram a situação. A maioria era de médicos jovens (78% de 24 a 34 anos) e havia mulheres (8%) mais que homens (3%).

A pesquisa Percepção da Violência na Relação Médico-Paciente, divulgada ontem pelo conselho, mostrou ainda que 5% relataram ter sido agredidos pessoalmente e que desses, 20% sofreram agressão física. Em 70% dos casos, os agressores foram os pacientes.

Segundo os dados, 84% dos médicos que sofreram agressão alegam ter sido atacados verbalmente e 80%, psicologicamente; 60% revelam que os problemas ocorrem geralmente durante a consulta; 32% dizem que episódios de violência ocorrem sempre ou quase sempre; e 85% profissionais têm percepção de que os episódios ocorrem mais no Sistema único de Saúde (SUS).

A pesquisa ouviu 617 médicos e 807 cidadãos em setembro e outubro deste ano, na capital e Interior do estado.

Quando se trata dos pacientes, a pesquisa mostra que 34% dos cidadãos afirmam ter passado por alguma situação de estresse no atendimento à saúde nos últimos 12 meses e 10% relatam ter tomado alguma atitude, como reclamar da qualidade do atendimento médico (6%) ou do atendimento na recepção (3%). Os que dizem ter presenciado situações assim são 35%, enquanto 14% presenciaram ameaças psicológicas e 4%, agressões físicas; 24% destes relatam que o estresse ocorre na recepção do local de atendimento; 9% em procedimentos médicos; e 5% na espera por atendimento.

Os dados divulgados pelo Cremesp revealm ainda que, os agressores apontam como principal motivo para terem agredido os profissionais foi o comportamento mal-educado, irônico ou desrespeitoso do médico ou o fato de o profissional ter demonstrado falta de atenção ou insensibilidade para ouvir o problema etc. Também houve relatos de despreparo e atendimento demorado.

Segundo o Conselho Regional de Medicina, desde maio, foram relatadas por médicos mais de 100 experiências de violência sofridas por parte dos pacientes. A entidade abriu um canal em seu site especialmente para coletar essas informações que são mantidas em sigilo.

Entre os médicos, 39% dizem acreditar que os pacientes estão descontentes com o SUS e descontam a insatisfação nos profissionais; 29% que a demora no atendimento provoca estresse no paciente e 11% atribuem o nervosismo à falta de estrutura da saúde. Já 5% admitem que outros colegas que não atendem adequadamente provocam essas reações.

Quando os cidadãos são questionados sobre isso, 41% dizem que a principal causa das agressões é o atendimento inadequado; 19% que se incomodaram com o comportamento e a postura dos médicos, alegando que eles não dão atenção, são insensíveis, arrogantes, não tem paciência e 18% reclamaram da falta de estrutura, do atendimento precário, da superlotação e demora para serem atendidos no pronto-socorro.

Na mesma direção, a sondagem sobre a violência contra os profissionais de enfermagem em São Paulo, feita realizada entre 23 de outubro e 2 de dezembro, pelo Conselho Regional de Enfermagem de São Paulo, perguntou a 4.293 profissionais quem já havia sofrido alguma violência. O resultado mostrou que 77% da classe já foi vítima de  violência. Pela pesquisa, em igual percentual (77%), os enfermeiros destacam a falta de segurança no local de trabalho.

“É uma situação que se agrava paulatinamente, envolvendo uma população formada majoritariamente por mulheres, que representam 85% dos quadros da enfermagem. Essa particularidade requer atenção diferenciada das autoridades de segurança. Contra a violência, a receita é prevenção. Exige vontade política e também tolerância, resgate dos princípios e valores humanísticos”, disse a presidente do Conselho Regional de Enfermagem, Fabíola Braga Mattozinho.

De acordo com a pesquisa, em 53% dos episódios, o agressor foi o paciente. Os dados revelam que, mesmo sofrendo agressões, 87,51% dos profissionais não registraram queixa na polícia ou denunciaram o caso a qualquer órgão de governo. Dos 12,49% que levaram o caso adiante, somente 4,68% obtiveram sucesso na resposta.

Com informações da Agência Brasil