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Reconhecimento da especialidade pelo COFFITO ocorreu em 13 de junho de 2008
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Iniciativa marca articulação bem sucedida entre os Conselhos Regionais das profissões da área da saúde e o Poder Legislativo da Capital
Publicado em: 22/01/2016
Copa do Mundo de Halterofilismo Paralímpico começa com ouro para o Brasil
O Brasil começou a Copa do Mundo de Halterofilismo Paralímpico com a conquista da medalha de ouro por uma mulher nesta quinta-feira (21). Natural de Picuí (PB), Maria Luzineide Santos de Oliveira, que pesa 44,99 quilos, levantou 83 kg e ficou em primeiro lugar no pódio.
"A sensação é de missão cumprida, porque é resultado de muito trabalho e de que realmente valeu a pena deixar fins de semana e feriados para se dedicar aos treinos", disse Maria Luzineide, que treina de segunda a sábado, entre três e quatro horas diárias.
As atletas que ficaram em segundo e terceiro lugar levantaram um peso maior, mas Luzineide ficou em primeiro devido a um cálculo que leva em consideração o peso de cada uma, já que as categorias leves femininas foram unificadas para a competição.
Na segunda posição, ficou a chilena Camila Campos, que levantou 86 kg e pesa 53,92 kg. A sul-africana Chantell Stierman levantou 87 kg, mas ficou na terceira posição por pesar 59,44 kg. A competição continua até sábado e na tarde de hoje será a vez de categorias leves masculinas disputarem as medalhas.
A etapa do Rio de Janeiro da Copa do Mundo é a primeira de 2016. Depois dela, haverá ainda competições na Malásia e em Dubai, no mês que vem. Em ambas, os atletas podem obter índices paralímpicos, já que o prazo máximo para se classificar é 29 de fevereiro.
Em entrevista logo após a premiação, Luzineide destacou que a medalha a deixa em uma posição mais confortável em relação à classificação. Ela contou que treinou para levantar mais de 87 kg, pois sua marca atual é 86 kg, mas não conseguiu atingir esse peso na competição de hoje.
"A gente precisa de muita força, técnica e concentração", comemorou a atleta, por ter levantado quase o dobro de seu peso corporal. Cadeirante em consequência de uma poliomielite contraída aos 2 anos de idade, a paraibana está há 15 dias longe da filha Luana, de 6 anos. "A saudade é muito grande", contou ela, que mora com a filha em Natal.
Para a atleta, o reconhecimento é a realização de um sonho que começou bem cedo, quando ainda morava em Picuí. "Na minha infância, eu era reconhecida como a aleijada, e eu queria mudar isso. Eu via o mundo muito amplo para que eu ficasse só na cidade em que eu nasci", afirmou. "Sou reconhecida como uma guerreira, e isso é muito importante para mim", completou Luzineide.
No halterofilismo paralímpico, competem atletas com deficiência nos membros inferiores. Cada competidor tem três tentativas para levantar o maior peso possível e os movimentos devem ser considerados válidos por três árbitros. São avaliados a estabilidade da barra e o tempo de descida e subida, entre outros critérios. Um levantamento só conta para a competição se for aprovado por dois juízes.
As seis primeiras colocadas no ranking internacional
se classificam para as paralimpíadas em cada categoria. Entre os homens, são
oito vagas. Cada país pode ter apenas um representante por categoria.