Aprovação de projeto de lei coloca em destaque a importância da abordagem interdisciplinar no enfrentamento da seletividade alimentar de crianças diagnosticadas com TEA.
Reconhecimento da especialidade pelo COFFITO ocorreu em 13 de junho de 2008
Matéria destaca o processo de recuperação do ex-zagueiro Lúcio, que sofreu queimaduras em 18% do corpo após um acidente doméstico.
Publicado em: 28/06/2018
Vamos falar de Escoliose? Junho é o mês de conscientização da doença
A Escoliose
Idiopática do Adolescente (EIA) é um desvio tridimensional da coluna que atinge
milhões de pessoas no Brasil e no mundo. Segundo dados da Organização Mundial
da Saúde, de 2 a 4% da população mundial sofre com o problema e, para chamar
atenção à doença, em junho é realizada a conscientização sobre a escoliose pelo
mundo, comemorada no dia 27 desse mês.
No Brasil, o
fisioterapeuta Dr. Rodrigo Andrade participou do estudo pioneiro sobre a
prevalência da EIA no Estado de São Paulo e, segundo dados da pesquisa, foi
observado que em 1,5% da população, o que significa mais de 6 milhões de
brasileiros, são afetados por esta condição, em especial, adolescentes do sexo
feminino. Por não ter cura, o tratamento a esse tipo de desvio de coluna tem
que ser feito de uma forma eficaz para que o problema não piore com o tempo e
por profissionais que entendam dessa patologia, como o fisioterapeuta.
Segundo Dr.
Rodrigo, “a escoliose idiopática adolescente aparece por volta dos dez a
quatorze anos nas meninas, e de doze a dezesseis anos nos meninos e, muitas
vezes passa despercebida pelos pais e pelo adolescente, que só a descobrem
depois. Por se tratar de uma patologia progressiva, dependendo do ângulo das
curvaturas detectadas, a recomendação pode até chegar a ser cirúrgica. Os
médicos no Brasil, em geral recomendam o uso do colete, mas poucos conhecem os
exercícios específicos que, se feitos corretamente em conjunto com o uso, podem
conter e até reduzir os ângulos das curvaturas”, pontua.
Além de
destacar a importância da detecção precoce do problema, para um tratamento mais
efetivo, Dr. Rodrigo alerta para o importante papel do fisioterapeuta nesta
situação. “A detecção do problema é muito simples, muitas vezes um simples
exame visual - com a criança ficando de pé (de sunga ou biquíni) observando
principalmente a diferença na altura dos ombros, e dobrando o corpo para frente
como se fosse tocar os pés - já é suficiente para enxergar o desvio na coluna e,
a partir daí, pode ser utilizado um instrumento simples chamado escoliômetro e
uma radiografia para confirmar o desvio e identificar a localização e angulação
da escoliose. ” O fisioterapeuta ressalta que, no tratamento, a maioria dos
médicos recomenda exercícios aleatoriamente. “Falam em pilates, RPG, até
natação. Apesar destas atividades terem seus méritos, elas não são efetivas
para escoliose e cabe ao profissional de Fisioterapia saber disso e orientar da
melhor forma possível o paciente”, conclui.