Aprovação de projeto de lei coloca em destaque a importância da abordagem interdisciplinar no enfrentamento da seletividade alimentar de crianças diagnosticadas com TEA.
Reconhecimento da especialidade pelo COFFITO ocorreu em 13 de junho de 2008
Matéria destaca o processo de recuperação do ex-zagueiro Lúcio, que sofreu queimaduras em 18% do corpo após um acidente doméstico.
Publicado em: 28/06/2018
Escoliose: disfunção da coluna que atinge, principalmente, meninas
A escoliose é uma das alterações mais complexas da coluna vertebral, por conta de sua afecção nos três planos de movimento, gerando principalmente a inclinação lateral da coluna associada à rotação. O termo escoliose “idiopática” adolescente se dá pelo fato de não ser definida uma causa específica, porém estudos têm apontado para o fator genético com grande ênfase. Segundo a fisioterapeuta Dra. Surama Cecília de Casto Ribeiro Lima, “essa disfunção, sendo identificada na adolescência, define o aspecto de ocorrer em pessoas esqueleticamente imaturas. Este aspecto repercute diretamente na progressão dessa alteração postural, com aumento de suas curvas. ”
A princípio a escoliose na adolescência não gera dor, sendo os principais sintomas a alteração postural, como os ombros desnivelados, um lado do tronco mais saliente que o outro, desalinhamento da cintura e quadril. Dessa forma a observação dos pais e dos professores na escola pode ajudar muito para identificá-la. “Existem fatores de risco para o seu desenvolvimento como a idade, a maturidade esquelética, o sexo. Sobre a idade, quanto mais cedo ela é diagnosticada, maior a probabilidade de progressão, assim como referente à menor maturidade esquelética (definida pelo sinal de Risser). Sobre o sexo, as meninas têm maior prevalência e também maior chance de progredir as curvas”, explica a fisioterapeuta.
Um estudo recente publicado na revista Spine, apresentou a prevalência da escoliose idiopática adolescente no estado de São Paulo. Observou-se, numa amostra de 2562 participantes (entre 10 e 14 anos), uma prevalência maior em meninas, entre 13 e 14 anos. Conforme os graus da curva são indicados os tratamentos. A literatura apresenta que curvas até 20o devem ser acompanhadas durante a fase de crescimento, não necessitando de tratamento específico, porém também há estudos apresentado a eficiência de exercícios específicos para a correção ou mesmo para minimizar a progressão da curva. Curvas entre 20o e 40o tem indicação para os coletes e acima de 40o indica-se a cirurgia.
Para Dra. Surama, “a Fisioterapia tem papel fundamental no acompanhamento de pacientes com escoliose, pois pode intervir com métodos que utilizam exercícios específicos para a correção, melhorando, não só o alinhamento postural, como favorecendo os movimentos, aumentando a flexibilidade muscular, diminuindo dores nas condições mais avançadas, facilitando a mecânica pulmonar e principalmente diminuindo os riscos relacionados aos processos degenerativos que podem se desenvolver por conta do desalinhamento da coluna.”
“A implantação de programas preventivos de Fisioterapia nas escolas seria um meio eficaz para aumentar a possibilidade de diagnóstico e intervenção precoces, minimizando os riscos relativos a esta disfunção postural”, conclui.