A Câmara Técnica de Saúde Suplementar do CREFITO-3 publicou o Parecer Técnico nº 01/2025, que responde a uma demanda da Ouvidoria sobre glosas em procedimentos fisioterapêuticos com base na justificativa de “uso específico da Fisiatria”
Aprovação de projeto de lei coloca em destaque a importância da abordagem interdisciplinar no enfrentamento da seletividade alimentar de crianças diagnosticadas com TEA.
Reconhecimento da especialidade pelo COFFITO ocorreu em 13 de junho de 2008
Publicado em: 31/05/2019
Palestras no Crefito-3 descomplicaram a Fisioterapia Esportiva nessa quinta-feira
Gesto esportivo do Tênis e atuação do fisioterapeuta no esporte foram os temas da 2ª edição do “Descomplica, que hoje é 5ª”, apresentados pela Dra. Priscila Zanom e Dr. Felipe Tadiello, ambos da Sonafe
O olhar fisioterapêutico sobre a prática esportiva de atletas profissionais e amadores, ou apenas dos esporádicos praticantes de atividades físicas - os famosos “atletas de fim-de-semana”. Esse foi o tom das duas palestras realizadas ontem, 30 de maio, no Crefito-3, como parte da programação do Descomplica, que hoje é 5ª.
Convidados para apresentar o tema aos fisioterapeutas e estudantes de Fisioterapia inscritos para participar da atividade, os especialistas em Fisioterapia Esportiva, Dra. Priscila Zanom Cândido Alvarenga e Dr. Felipe Tadiello, ambos membros da Sociedade Nacional de Fisioterapia Esportiva e da Atividade Física (Sonafe)
Dra. Priscila já conta 17 anos de experiência na Fisioterapia Esportiva, e apresentou aos participantes do encontro a sua experiência, com a palestra “A abordagem fisioterapêutica no gesto esportivo do Tênis”.
Dra. Priscila explicou que, embora seja um esporte que coloca todo o corpo em movimento, o Tênis se caracteriza por um trabalho intenso dos membros superiores, com grande quantidade de repetições de movimentos nessa área, o que gera um potencial para lesões específicas, como o denominado Tennis elbow, ou “cotovelo de tenista”, a epicondilite lateral, onde ocorre uma lesão musculoesquelética localizada no cotovelo. Dra. Priscila Zanom explicou que essa é uma lesão muito característica do tenista amador.
Além disso, a palestrante falou sobre a influência do peso das bolas, dos diferentes pesos das raquetes e tipos de encordoamento, que podem contribuir para um maior impacto nos músculos extensores. Segundo a palestrante, o encordoamento de poliéster, mais barato, é também o mais duro, gerando maior impacto e aumentando o risco de lesões.
Para Dra. Priscila Zanom, o fisioterapeuta que atende lesões provocadas por esportes ou atividades físicas deve sempre buscar conhecer mais sobre o esporte praticado pelo paciente, para que possa compreender os movimentos envolvidos e buscar a melhor abordagem terapêutica para cada caso.
Riscos para “atletas” ocasionais
O mesmo entendimento sobre a necessidade de o fisioterapeuta compreender o esporte desempenhado por seu paciente - seja ele um atleta profissional ou amador - é compartilhado pelo Dr. Felipe Tadiello. Membro-fundador da Sonafe, em 2003, Dr. Tadiello é hoje coordenador de Fisioterapia da Confederação Brasileira de Basquete. Já exerceu a atividade em quadra, ao lado dos atletas, e hoje dedica a atuação em Fisioterapia Esportiva em consultório, atendendo atletas profissionais e amadores.
Em razão de sua experiência com atletas olímpicos, Dr. Felipe foi convidado para atuar como fisioterapeuta de um esporte náutico - a vela. Como desconhecia as especificidades da vela, acompanhou atletas da equipe em regatas e estudou o gesto esportivo dessa modalidade para compreender o que provoca lesão nesses atletas, e o que poderia ser mudado.
Dr. Felipe Tadiello também destacou aos participantes que, para atuar com atletas profissionais, é preciso, mais do que conhecer o esporte, é importante também conhecer as suas regras. “Esse atleta pode competir usando uma faixa? Pode competir utilizando uma órtese? A utilização de Corrente Russa pode configurar doping?”, alerta Dr. Felipe.
Outro ponto destacado na apresentação do fisioterapeuta abordou a crescente popularização da atividade física como recreação e o risco que isso representa. “As pessoas estão treinando como se fossem atletas profissionais, sem de fato o serem. De forma amadora. Buscando superar limites”. Esse fato tende a aumentar a presença desses atletas de fim-de-semana nos consultórios e clínicas de Fisioterapia. Para Dr. Felipe, o profissional precisa estar instrumentalizado a respeito da prática esportiva que provocou a lesão, para definir a melhor abordagem.
Por último, Dr. Felipe Tadiello chamou a atenção dos participantes do evento sobre a pouca atuação da Fisioterapia na prevenção de lesões do esporte. “Tratar uma lesão, qualquer fisioterapeuta trata. A prevenção é o que faz diferença na nossa atuação”, recomendou.
Encontros gratuitos no Crefito-3
O evento dessa quinta-feira foi parte da programação do Descomplica, que hoje é 5ª - um programa do Crefito-3 que traz palestras gratuitas para os inscritos no Crefito-3 e acadêmicos residentes no estado de São Paulo. Os encontros ocorrem no Espaço do Profissional do Crefito-3, e têm por objetivo capacitar e instruir os profissionais, sempre às quintas-feiras.
Para acompanhar a abertura de inscrições para participar das palestras, os interessados devem fazer a inscrição gratuita pela plataforma Sympla através do link: https://www.sympla.com.br/crefito3