A Câmara Técnica de Saúde Suplementar do CREFITO-3 publicou o Parecer Técnico nº 01/2025, que responde a uma demanda da Ouvidoria sobre glosas em procedimentos fisioterapêuticos com base na justificativa de “uso específico da Fisiatria”
Aprovação de projeto de lei coloca em destaque a importância da abordagem interdisciplinar no enfrentamento da seletividade alimentar de crianças diagnosticadas com TEA.
Reconhecimento da especialidade pelo COFFITO ocorreu em 13 de junho de 2008
Publicado em: 12/09/2019
Atuação do Coffito mira parlamentares contrários ao EaD na Saúde
Coffito integrou a mesa e, mais uma vez, reforçou o posicionamento contrário ao EaD na Saúde, que tem como principal prejudicado o atendimento à população.
No dia 27 de agosto, em Brasília, foi realizada
audiência pública na Comissão de Seguridade Social e Família da Câmara dos
Deputados para discussão de projetos de lei relacionados à prática da
modalidade de ensino à distância na área da Saúde. Na ocasião, com representantes de
diversas entidades, o Coffito integrou a mesa e, mais uma vez, reforçou o
posicionamento contrário ao EaD na Saúde, que tem como principal prejudicado o
atendimento à população.
Para o representante do Coffito, Dr. Cássio
Fernando Oliveira da Silva, é impossível realizar a formação em Saúde no
formato EaD, pois retira do futuro profissional sua essencialidade: “O convívio
entre o paciente e o profissional é fundamental, não tem como ser de outra
forma. Os profissionais de Saúde têm estágios supervisionados desde o início da
formação, e é esse convívio com outros profissionais, e com a comunidade, que
aperfeiçoa o conhecimento e dá a base a ser utilizada em todo o seu exercício”,
completou.
Os favoráveis à modalidade EaD argumentaram sob
os avanços das tecnologias e inclusão, devido à facilidade no acesso. O
representante do Ministério da Educação, Marcos Heleno Guerson de Oliveira
Júnior, por sua vez, citou duas metas do Plano Nacional de Educação (PNE): aumentar
a escolaridade da população excluída e elevar a taxa bruta de matrículas na
educação superior, para justificar os investimentos em EaD.
O argumento, no entanto, não encontrou amparo
junto aos relatores que, após as apresentações, destacaram preocupação com a
adoção do método na área da Saúde. O Deputado Zacharias Calil aproveitou o
momento para apresentar um exemplo clínico e prático de sua experiência,
reforçando a importância da relação pessoal no atendimento. “Não estamos aqui
para liberar cursos à distância para fazer experimentos. Eu, como relator, sou
contra! E vou discutir isso até o fim, até que alguém consiga me convencer que
na área da Saúde funciona”.
O Deputado Luiz Ovando, em sua fala, também
contestou a abertura de cursos e citou, como grande problema, a ambição humana.
Por fim, o Deputado Santini, autor do
requerimento da audiência, frisou a importância de se discutir o assunto com a
participação do Ministério da Educação e do Conselho Nacional de Educação. “Na
verdade, precisamos fazer um grande debate com o MEC e com o Conselho Nacional
de Educação (CNE). Que precisam enfrentar com a responsabilidade que o tema
requer. Se por um lado estamos oportunizando acesso, também é verdade que a
legislação é dúbia em relação à carga horária. Talvez cheguemos a um consenso,
por exemplo, 20% EaD e o resto prático. Todos os temas devem ser debatidos, sob
pena de produzir um calote nos que estão de boa-fé, buscando a sua formação. E
não há como negar que a tecnologia está presente. Se pudermos somar isso à
formação acadêmica, que bom! Mas para isso é necessário que o MEC e o CNE façam
o seu papel. É fundamental que todos possam discutir: MEC, CNE, conselhos,
entre outros. Um debate desapaixonado, mas realista e que, a partir disso,
possamos tirar uma vitória para o Brasil”, encerrou.
Na oportunidade também estiveram presentes os
membros da Comissão de Assuntos Parlamentares (CAP) do Coffito, Dr. Flávio
Feitosa, Dra. Juçara Castro; e a assessora parlamentar, Carla Bencke.
Fonte: Coffito