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Publicado em: 30/07/2020
Pandemia de COVID-19 agrava demências em pacientes que sofrem de Alzheimer
Além dos riscos inerentes às condições de saúde, estes pacientes são especialmente impactados pelo isolamento social por estarem propensos a mudanças comportamentais, confusão e delírio.
A pandemia de COVID-19 tem agravado a saúde mental de pacientes que sofrem da Doença de Alzheimer. Segundo matéria publicada no Portal do Envelhecimento e Longeviver, neste contexto de pandemia, idosos e pessoas com condições de saúde complexas estão em maior risco. No caso das pessoas com Alzheimer, além dos riscos inerentes às condições de saúde, estes pacientes são especialmente impactados pelo isolamento social, por estarem propensos a mudanças comportamentais, confusão e delírio. Uma eventual necessidade de hospitalização, aumenta o risco de contaminação pelo coronavírus. De acordo com a terapeuta ocupacional Dra. Natália Silveira, a pandemia trouxe uma ruptura brusca nas rotinas diárias, atividades, participação social, o que pode trazer diversos sentimentos e sensações que prejudicam a saúde mental. “Os idosos que sofrem com demências, como a Doença de Alzheimer e seus familiares estão sentindo mais o impacto da pandemia do coronavírus, seja pelo isolamento social que os retirou de sua participação na sociedade, pela mudança de rotina que necessita ser bem estruturada para que esse idoso se sinta seguro, pela parada súbita de suas atividades e tratamentos clínicos e atividades físicas, que retardam o avanço da perda acelerada de funções cognitivas e motoras, e os auxiliava a manter uma rotina diária e maior participação social”. Atuação A atuação do terapeuta ocupacional vai desde a fase inicial da doença às fases moderadas e avançadas, atuando de diferentes formas em cada uma delas. Entretanto, todas com o objetivo de preservar a independência e autonomia do paciente em atividades diárias , participação social, prevenção de situações de riscos em seu ambiente, como as quedas. A atuação da Terapia Ocupacional também busca acolher e orientar a família e os cuidadores. Além do cuidado com o idoso demenciado, é extremamente importante direcionar a atenção ao cuidador familiar para perceber suas necessidades, que podem ser agravadas durante o período de distanciamento social. Alguns cuidadores - que, muitas vezes, também são idosos - podem ficar sobrecarregados por tantas atividades de cuidado, o que os torna mais vulneráveis ao adoecimento. Dra. Natália explicou que, na fase inicial e moderada da doença, o terapeuta ocupacional irá aplicar exercícios cognitivos para preservar as habilidades cognitivas no dia-a-dia. Na fase moderada, o profissional realiza a adaptação de utensílios e ambientes para manutenção da independência as avds, como alimentação, higiene, vestuário, locomoção e prevenção de quedas. “Nas fases inicial, moderada e avançada da doença, o terapeuta ocupacional vai estimular e adaptar a participação do idoso em atividades sociais significativas para ele”. O aconselhamento de cuidadores quanto à estruturação de uma rotina que proporcione maior conforto a ele e ao idoso também é realizado pelo terapeuta ocupacional. À medida que a doença progride, o papel do terapeuta ocupacional passa a estar cada vez mais relacionado com a garantia do bem-estar e qualidade de vida da pessoa e dos cuidadores. Desta forma, existe uma maior incidência na intervenção em nível sensorial, com repetição de atividades prazerosas que aumentem o sentido de familiaridade da pessoa e no treino de técnicas que facilitem o cuidado.Pacientes com demência podem apresentar alguma alteração no quadro de adoecimento, como mudanças no comportamento pela necessidade de distanciamento social durante a pandemia. As alterações comportamentais observadas no portador da Doença de Alzheimer incluem agitação, agressividade, delírios, alucinações, apatia, isolamento, irritabilidade, mania, perambulação, entre outros. “O papel do terapeuta ocupacional é essencial na equipe multidisciplinar que atende o idoso com doença de alzheimer, quer seja a atuação com o próprio idoso, quer seja com sua família”, afirma Dra. Natália.