A Câmara Técnica de Saúde Suplementar do CREFITO-3 publicou o Parecer Técnico nº 01/2025, que responde a uma demanda da Ouvidoria sobre glosas em procedimentos fisioterapêuticos com base na justificativa de “uso específico da Fisiatria”
Aprovação de projeto de lei coloca em destaque a importância da abordagem interdisciplinar no enfrentamento da seletividade alimentar de crianças diagnosticadas com TEA.
Publicado em: 08/04/2021
A importância da atuação da Fisioterapia e da Terapia Ocupacional para o paciente oncológico
Presentes desde a prevenção até - em muitos casos - os cuidados paliativos, fisioterapeutas e terapeutas ocupacionais atuam na busca pela conquista da autonomia - tanto quanto possível - para seus pacientes.
Responsável por cerca de 8 milhões de mortes em todo o mundo todos os anos, o câncer é uma doença com possibilidades de prevenção. Estima-se que até um terço das mortes poderiam ter sido evitadas por ações de detecção precoce e acesso aos tratamentos existentes. De acordo com estimativas do Global Cancer Observatory (GCO), foram registrados em 2020 mais de 19 milhões de casos de todos os cânceres, sendo os de mama e o de pulmão os de maior incidência. Dados da GCO projetam, para 2040, mais de 28 milhões de novos casos no mundo. No Brasil, o estudo sobre as “Estimativas da incidência e mortalidade do Câncer”, publicado em 2020 pelo Instituto Nacional do Câncer (Inca), prevê o registro de 625 mil novos casos de câncer entre 2020 e 2022. Nesse cenário, o papel dos profissionais de saúde na educação e orientação da população é fundamental para contribuir com o processo de identificação de potenciais casos de câncer. E, nesses processos, fisioterapeutas e terapeutas ocupacionais têm um papel fundamental. Fisioterapeutas atuam na promoção de estilo saudável de vida Tal qual ocorre em outras áreas de especialidade profissional, a Fisioterapia em Oncologia atua já a partir da prevenção, como explica a Dra. Maria Gabriela de Andrade Lucena. “A maioria dos cânceres surge de uma etiologia complexa envolvendo fatores genéticos, ambientais e estilo de vida, portanto, há grande necessidade e oportunidade de prevenção do câncer por meio da mudança do estilo de vida”. Nesse aspecto, o papel do fisioterapeuta, como um educador em saúde, é voltado para as medidas de prevenção, por meio de orientações sobre estilo de vida. Pós-graduada em Fisioterapia Oncológica e Hospitalar pelo Hospital A.C.Camargo, e especialista em Fisioterapia Oncológica, Dra. Maria Gabriela mostra que, após o diagnóstico propriamente dito, a Fisioterapia continua seu trabalho preventivo, mas sob um outro olhar: o de preparar o paciente para o tratamento oncológico em si - cirurgias, radioterapia, quimioterapia, entre outras medidas. “Esses tratamentos podem causar disfunções no paciente como: dor, limitação de amplitude de movimento, linfedema, fibrose, encurtamentos musculares, neuropatias, déficit de força muscular, alterações respiratórias e motoras, incontinência urinária e fecal, estenose vaginal entre outras”, esclarece Dra. Maria Gabriela. Fortalecer o paciente para otimizar o processo de recuperação O objetivo do fisioterapeuta, conforme explica a Dra. Maria Gabriela, é o de aumentar no paciente “sua capacidade física, força e endurance, para que se consiga guardar sua forma física por mais tempo, ou seja, manter a autonomia, recuperar esse paciente com o intuito de promoção de saúde e sobrevida de qualidade”. Em quadros de progressão da doença, de maneira incurável, o fisioterapeuta não deixa de ter um papel relevante, promovendo o conforto aos pacientes em Cuidados Paliativos, buscando ofertar a melhor qualidade de vida possível, dentro das limitações do quadro clínico. Terapia Ocupacional atuante desde a prevenção No campo da Oncologia, a Dra. Jussara Pereira, terapeuta ocupacional graduada pela Universidade de São Paulo-Ribeirão Preto, e com especialização em Hospitalar e em Atenção ao Câncer, explica que a Terapia Ocupacional também atua desde a prevenção e promoção da saúde, até as ações de recuperação. O objetivo central da atuação do terapeuta ocupacional em Oncologia é o de facilitar e capacitar o indivíduo (desde o paciente pediátrico até o idoso) a adquirir máxima performance funcional - tanto no aspecto físico como no psicológico -, e nas habilidades de vida diária, “independente da expectativa de vida”, esclarece Dra. Jussara. Atenção às capacidades e limitações do paciente oncológico Dra. Jussara esclarece que o olhar do terapeuta ocupacional em Oncologia visa a conhecer as incertezas, temores e dificuldades do paciente decorrente do diagnóstico de câncer. Nesse processo, o profissional verifica o grau de autonomia e independência, nas atividades essenciais do cotidiano do paciente e determina as precauções a serem adotadas - ou as contra-indicações a serem observadas - conforme a condição própria de cada paciente, no que diz respeito às atividades a serem propostas. Para acessar o artigo completo escrito pelas profissionais clique aqui.