Últimas Notícias

CREFITO-3 EDUCA #87: Atuação da Terapia Ocupacional com Pessoas com Deficiência nas Residências Inclusivas do SUAS


CREFITO-3 publica parecer técnico que reforça legitimidade do uso da Tabela TUSS por fisioterapeutas

A Câmara Técnica de Saúde Suplementar do CREFITO-3 publicou o Parecer Técnico nº 01/2025, que responde a uma demanda da Ouvidoria sobre glosas em procedimentos fisioterapêuticos com base na justificativa de “uso específico da Fisiatria”


Participe do I Evento Virtual da Subcomissão de Fisioterapia na Atenção Básica do CREFITO-3


CREFITO-3 EDUCA #86: O Papel do Exercício Físico no Câncer de Pulmão: Da Avaliação Funcional à Intervenção Terapêutica


Sede e Subsedes do Crefito-3 não prestarão atendimento nos dias 19 e 20 de junho


Seletividade alimentar no TEA: atuação conjunta entre Terapia Ocupacional e Nutrição

Aprovação de projeto de lei coloca em destaque a importância da abordagem interdisciplinar no enfrentamento da seletividade alimentar de crianças diagnosticadas com TEA.


VEJA MAIS

Imagem da notícia

Publicado em: 11/04/2021

De abordagem multidisciplinar, Doença de Parkinson necessita das intervenções de fisioterapeutas e terapeutas ocupacionais

Doença neurológica, degenerativa crônica, progressiva e que provoca alterações muito além dos conhecidos efeitos motores, a Doença de Parkinson atinge cerca de 6 milhões de pessoas em todo o mundo.

A Doença de Parkinson, conhecida principalmente por afetar pacientes com tremores, bradicinesia, rigidez muscular e instabilidade postural, é uma doença que atinge cerca de 1% da população mundial. No Brasil, não existem dados oficiais. Mas a Associação Brasil Parkinson possui estimativas que apontam para números entre  300 e 400 mil brasileiros afetados pela Doença de Parkinson.


Ainda sem cura, a Doença de Parkinson conta com diversas opções de tratamento para suas manifestações, considerando sempre a abordagem pela equipe multidisciplinar. Nesse contexto, fisioterapeutas e terapeutas ocupacionais desempenham papel relevante para as pessoas com Doença de Parkinson.


Fisioterapia atuando na prevenção das alterações motoras previsíveis na Doença de Parkinson


Ao contrário do que o senso comum acredita, a Doença de Parkinson não se limita às suas manifestações motoras. E quem traz mais esclarecimentos é a Dra. Larissa Alamino Pereira de Viveiro: “Há várias outras alterações importantes encontradas em alguns casos, como a depressão, demência, hipotensão postural e constipação intestinal”.


Dra. Larissa Viveiro, fisioterapeuta especializada em Fisioterapia em Gerontologia e pesquisadora no Laboratório de Estudos em Tecnologia, Funcionalidade e Envelhecimento da faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, ensina que uma avaliação bastante detalhada do paciente é o primeiro passo para o fisioterapeuta com pacientes a Doença de Parkinson.


“Faz parte do nosso olhar fisioterapêutico a realização de uma avaliação detalhada, a fim de identificarmos uma queixa funcional e direcionarmos o raciocínio clínico para o estágio de evolução da Doença de Parkinson, traçarmos objetivos terapêuticos possíveis para resolvermos os problemas encontrados na queixa funcional e, também para prevenção das alterações motoras previsíveis pelo processo degenerativo da doença”.


Dra. Larissa também destaca a importância de o fisioterapeuta se entender como parte de uma equipe, pois toda a abordagem a esse paciente exige a multidisciplinaridade. “Sem equipe, o nosso trabalho pode não resolver os problemas da pessoa com a doença”.


Terapia Ocupacional e sua atuação à  autonomia dos pacientes


O terapeuta ocupacional tem como objetivo principal prevenção, reduzir perdas funcionais, minimizar os sintomas, potencializar as capacidades remanescentes e proporcionar independência nas Atividades Instrumentais da Vida Diária (AIVDs)e Atividades Básicas da Vida Diária (ABVDs).


A terapeuta ocupacional Paula Bullara, Pós-graduada em Avaliação e Tratamento Interdisciplinar de Dor pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, terapeuta ocupacional da equipe de reabilitação MEDTUMA explica que para traçar os objetivos terapêuticos é necessário a realização de  uma avaliação detalhada, com anamnese, uso de protocolos específicos da patologia, escalas de independência funcional, de qualidade de vida e relacionadas ao humor. 


“O terapeuta irá decidir o que é mais indicado para cada paciente e assim traçar seu raciocínio clínico. A avaliação é contínua e contempla não só o olhar do terapeuta, mas principalmente as queixas do paciente e do familiar/cuidador”.


Existem inúmeras possibilidades para atuação do terapeuta ocupacional com pacientes com Parkinson. Segundo Paula o enfoque motor, adequação ambiental para minimizar risco de queda e proporcionar maior independência no ambiente, prescrição e confecção de tecnologia assistiva, adequação postural durante as atividades de rotina, estimular aspectos cognitivos, oferecer novas possibilidades de atividades de interesse, orientação para o cuidador e principalmente ajudar o paciente a se sentir capaz e pertencente mesmo com as dificuldades são as abordagens mais comuns em pacientes com Doença de Parkinson. 


Clique aqui e confira na íntegra o artigo de opinião sobre a atuação da fisioterapia e terapia ocupacional  na Doença de Parkinson com as duas profissionais.