A Câmara Técnica de Saúde Suplementar do CREFITO-3 publicou o Parecer Técnico nº 01/2025, que responde a uma demanda da Ouvidoria sobre glosas em procedimentos fisioterapêuticos com base na justificativa de “uso específico da Fisiatria”
Aprovação de projeto de lei coloca em destaque a importância da abordagem interdisciplinar no enfrentamento da seletividade alimentar de crianças diagnosticadas com TEA.
Publicado em: 08/06/2021
Falta de oxigênio leva três pacientes a óbito em AME de Santo André, na Grande SP
Equipe do Crefito-3 realizou visita no local e conversou com fisioterapeuta que trabalha no AME. Vítimas são uma senhora de 81 anos, uma mulher de 41 anos e um homem de 41 anos, internados na UTI com Covid-19.
Uma falha no sistema de oxigênio do Ambulatório Médico de Especialidades (AME) de Santo André, na Grande São Paulo, provocou a morte de três pacientes que estavam internados na UTI com Covid-19, na manhã do dia 1º de junho. As vítimas são uma senhora de 81 anos, uma mulher de 41 anos e um homem com 41 anos. O Crefito-3 esteve em visita ao AME na tarde desta quarta-feira, dia 2 de junho, e conversou com a Gerente de Qualidade do local e com uma das fisioterapeutas responsáveis. A Conselheira Suplente do Crefito-3 Dra. Cristiane Ferreira da Silva Carvalho conversou com uma das fisioterapeutas que trabalham no AME e, de acordo com o relato da profissional, uma pane nas instalações pode ter levado os pacientes a óbito. “Conversei com a profissional, que me informou que não era ela quem estava no dia do ocorrido, mas outros profissionais. Lá [no AME] tinham fisioterapeutas 24 horas, cobrindo a UTI. A profissional não acredita que tenha havido falha humana, mas que foram falhas nos equipamentos. Os respiradores alarmaram e os profissionais não tinham o que fazer porque a rede não estava funcionando”, disse Dra. Cristiane. No relatório de visita, Dra. Cristiane teve conhecimento de outras questões que envolvem os fisioterapeutas que atuam no local, como quarteirização de serviço e profissionais sem contrato de trabalho. De acordo com a direção do hospital, uma falha de comunicação entre os sistemas de "backup" provocou a interrupção no fornecimento de oxigênio da unidade. Segundo informações do G1, há dez dias, a AME Santo André é abastecida por uma usina de oxigênio com capacidade para fornecer o gás para 23 leitos. A direção do hospital informou que a usina tem dois "backups", mecanismos que deveriam garantir a produção de oxigênio mesmo em caso de pane elétrica. O primeiro sistema de "backup" se trata de uma bateria de cilindros de oxigênio. Caso o sistema falhe, o próprio tanque de oxigênio do hospital gás, com capacidade para manter cerca de 20 pacientes por até 24 horas, pode manter o abastecimento de gás até que a usina seja reparada. Entretanto, segundo os responsáveis pela unidade, a comunicação entre estes sistemas não funcionou e, por conta disso, faltou oxigênio na UTI para os pacientes em estado grave. A Fundação do ABC, organização contratada pelo governo estadual para administrar a unidade, abriu sindicância para apurar exatamente qual foi a falha técnica e de quem é a responsabilidade.