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Publicado em: 27/07/2021

Fisioterapeutas e terapeutas ocupacionais negras refletem sobre o Dia Nacional da Mulher Negra, Latino-americana e Caribenha

Profissionais e estudantes das duas categorias compartilham experiências e vivências como mulheres negras no ambiente acadêmico e profissional

Um marco da luta contra as opressões de raça e gênero aconteceu há 29 anos: durante encontro de mulheres negras em Santo Domingos, na República Dominicana, em 25 de julho de 1992, foi criada uma rede de mulheres negras, com o objetivo de pressionar a Organização das Nações Unidas (ONU) a assumir essa luta .


No Brasil, com a aprovação da Lei 12. 987 em 2014, milhões de mulheres negras passaram a comemorar o Dia Nacional de Tereza de Benguela e da Mulher Negra, também em 25 de julho .


Tereza de Benguela foi - como define o site da Fundação Palmares (www.palmares.gov.br), “uma das principais mulheres, símbolo de resistência e importantíssima liderança na luta contra a escravização”.


Atlas da violência revela: mulheres negras são mais as atingidas 


De acordo com levantamento da Associação de Mulheres Afro, cerca de 200 milhões de pessoas se identificam como afrodescendentes, tanto na América Latina quanto no Caribe. 


No Brasil, segundo dados do IBGE, a população negra no Brasil corresponde a 54% dos cerca de 210 milhões de brasileiros - população essa que, de acordo com os registros da mais recente edição do Atlas da Violência (publicado pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública, em 2020), é a mais atingida pela violência. Neste grupo, os números da violência contra a mulher negra são os que mais se destacam.


Embora o Atlas apresente dados sobre a violência física (homicídios, lesões corporais e similares), existem outros tipos de violência sobre a mulher negra, e que não estão nas planilhas do Atlas.


As violências invisíveis: experiência de fisioterapeutas e terapeutas ocupacionais negras


Para trazer as reflexões e os debates provocados pelas celebrações do Dia da Mulher Negra, Latino-americana e Caribenha, o Crefito-3 convidou seis mulheres negras da Fisioterapia e da Terapia Ocupacional - profissionais e estudantes -, para compartilharem suas vivências. 


Em comum, todas elas trazem relatos de episódios de não-reconhecimento de sua condição profissional, de sua capacidade técnica  e de sua capacidade acadêmica. “Desqualificação” como uma das entrevistadas identifica essa situação.


Outro traço que une essas mulheres é a ausência ou quase-ausência de professores ou colegas de profissão nas quais elas possam se ver refletidas: são poucas as mulheres pretas docentes, poucas mulheres pretas pesquisadoras, poucas mulheres pretas em cargos de gestão, cargos de liderança. 


A seguir, nos links abaixo,  a história de cada uma, em suas relações com a Fisioterapia e com a Terapia Ocupacional. Histórias relatadas pelas próprias protagonistas:



Dra. Letícia Ambrósio, terapeuta ocupacional 

“Sempre me perguntavam ‘onde está a terapeuta ocupacional?”


Dra. Lilian Maria dos Santos, fisioterapeuta 

“Você veio de escola pública, né? Já é mais difícil para você acompanhar”


Letícia Gomes, estudante de Terapia Ocupacional 

“Como mulher negra, qualquer profissão que a gente escolha já é contra o que o sistema espera”


Vanessa Alves Bernardo Fortunato, estudante de Fisioterapia 

“Não foi fácil chegar até aqui,  tive muitos obstáculos”


Dra. Ingred Merllin Batista de Souza, fisioterapeuta

“Barreiras explícitas não existiram. Mas as barreiras veladas, intrínsecas, existem”


Dra. Patrícia Rocha, terapeuta ocupacional 

“Os corpos negros eram os corpos da população vulnerabilizada, que aprendíamos a cuidar”