A Câmara Técnica de Saúde Suplementar do CREFITO-3 publicou o Parecer Técnico nº 01/2025, que responde a uma demanda da Ouvidoria sobre glosas em procedimentos fisioterapêuticos com base na justificativa de “uso específico da Fisiatria”
Aprovação de projeto de lei coloca em destaque a importância da abordagem interdisciplinar no enfrentamento da seletividade alimentar de crianças diagnosticadas com TEA.
Publicado em: 12/08/2021
12 de agosto: Dia Internacional da Juventude
A data tem por objetivo celebrar a juventude e abordar questões pertinentes a este grupo, chamando a atenção de governos e sociedade na busca de resoluções dos problemas sociais.
Nesta quinta-feira, dia 12 de agosto, é celebrado o Dia Internacional da Juventude. A data tem por objetivo comemorar a juventude e abordar questões pertinentes a este grupo, chamando atenção de governos e sociedade em geral na busca de resoluções dos problemas sociais. O Dia Internacional da Juventude foi criado através da Resolução 54/120, por uma iniciativa da Organização das Nações Unidas (ONU), em 1999, como consequência da Conferência Mundial dos Ministros Responsáveis pelos Jovens, ocorrida em Lisboa, Portugal, no ano anterior.
A participação significativa de jovens também é observada na Executiva Nacional dos Estudantes de Fisioterapia (ENEFI), entidade de representação máxima dos estudantes de Fisioterapia do Brasil, e na Executiva Nacional dos Estudantes de Terapia Ocupacional, a ExNETO.
Para dar visibilidade à data, convidamos as estudantes de Fisioterapia e de Terapia Ocupacional, Maynara do Amaral Alfonsi e Bárbara Silveira Dionízio, que fazem parte do Movimento Estudantil. Elas nos relataram como conheceram e se tornaram membros da ENEFi e da ExNETO . Confira, a seguir, os relatos das estudantes.
Maynara do Amaral Alfonsi - Coordenadora da Regional Sul-Sudeste-Centro Oeste da ENEFi (Executiva Nacional de Estudantes da Fisioterapia)
“A Executiva Nacional de Estudantes da Fisioterapia – ENEFi – é uma entidade que tem por objetivo discutir os assuntos pertinentes à educação e políticas que envolvem a Fisioterapia. Começar a participar de movimentos dessa magnitude desde a graduação oportuniza ao aluno desenvolver o debate crítico reflexivo sobre temas que venham a envolver a categoria no âmbito político e educacional, acompanhando e mobilizando grupos ao redor de decisões que envolvam o cenário atual e futuro da formação e atuação em Fisioterapia.
Prerrogativas sobre o ensino em EaD, contratação e atuação do fisioterapeuta no sistema público de saúde, condições adequadas de ensino e trabalho, entre outros temas que envolvam aspectos que influenciam a saúde da população como um todo, são pautas discutidas pela Enefi. Envolver-se nesses ambientes faz com que o estudante participe ativamente do processo de construção perene da profissão no país, propondo constantemente melhorias e mudanças nas diretrizes da Fisioterapia. Nossa profissão é relativamente nova no país. Somos reconhecidos como uma categoria profissional independente e autônoma a pouco mais de 50 anos. Ainda temos muitos campos de trabalho a conquistar dentro das ciências da saúde. Assim, quanto mais cedo o graduando tiver contato com esse processo ativo de construção, maior será o crescimento profissional da fisioterapia, tanto na esfera individual quanto coletiva”.
Bárbara Silveira Dionízio Silva - Presidente do Centro Acadêmico Arnaldo Vieira de Carvalho (Caavc) e Representante Nacional na ExNETO Ouvidoria
“Falar da minha vivência com movimento estudantil, significa olhar para trás com orgulho ao vislumbrar conquistas pautadas em muitas lutas coletivas, coragem e resistência para enfrentar os multifatores da atual conjuntura. Ao ingressar na faculdade em 2018, com 30 anos e portanto com “um pouco” mais de idade que os demais colegas, precisei fazer uma série de adaptações para me apropriar de um espaço que não é “programado” para os diversos papéis sociais de uma mulher e mãe. Hoje, ao ocupar múltiplos espaços de representação discente, acredito que esse papel requer além de dedicação, coragem e desprendimento no enfrentamento aos entraves institucionais e sociais que supõem que a vida, tal como uma receita de bolo, tenha uma fórmula/ etapa a ser cumprida.
Em 2019 fui eleita presidente do Centro Acadêmico Arnaldo Vieira de Carvalho, entidade estudantil que representa os estudantes dos cursos de Fisioterapia, Fonoaudiologia e Terapia Ocupacional da Faculdade de Medicina da USP e, entre as diversas pautas que necessitavam de muita atenção devido às demandas estudantis que surgiram com a pandemia mundial de COVID-19, minha amiga Micaela Herford até então Tesoureira da gestão do C.A. e Representante Regional na ExNETO, expôs em uma reunião a necessidade de fortalecer a representação estudantil em âmbito regional e nacional. Dessa maneira, já devidamente apresentada à Executiva Nacional dos estudantes de Terapia Ocupacional e reeleita como Presidente do Centro Acadêmico em 2021, me inscrevi na Gestão 2021 da ExNETO no setor de Ouvidoria. A Executiva Nacional dos Estudantes de Terapia Ocupacional é uma entidade máxima estudantil, surgiu em 2004 e desde então apoiou e continua apoiando lutas a favor da educação e saúde pública de qualidade, gratuita e democrática além de condições materiais para que homens e mulheres tenham uma vida digna e justa, por meio de discussões, ocupações, campanhas e atos públicos. Nesse sentido, atua junto ao coletivo de estudantes de Terapia Ocupacional e de outros estudantes e entidades estudantis, bem como trabalhadores e mais pessoas que sonham e lutam para dizer não às injustiças que acontecem em nossa sociedade e se propõem a modificá-la.
Ao comemorarmos o Dia do Estudante, é fundamental ressaltar a importância do movimento estudantil não só para o corpo discente das universidades brasileiras, mas também para reafirmar nossa atuação como agentes sociais de modificação, ao pensar estratégias de enfrentamento para problemáticas históricas e contemporâneas e também nas mobilizações envolvidas para a valorização do processo formativo e contra a falta de investimento na ciência e desmonte das universidades públicas, que precarizam o ensino e desvalorizam nossos professores por meio de contratos vergonhosos. Vivemos atualmente uma conjuntura adoecedora, não somente pelo fator biológico do novo Coronavírus e suas variantes, estamos vivenciando tempos de depreciação dos serviços públicos de educação e saúde que garantem direitos constitucionais básicos à população. Por isso, pensando na futura atuação profissional é necessário ter coragem para ir de encontro a necropolítica e agir na busca de melhores condições de formação, que favoreçam posteriormente uma prática sustentada em um processo de ensino-aprendizagem dignos da responsabilidade que teremos ao atendermos às pessoas em seus contextos e cotidiano.
Como disse Paulo Freire:
“Se a educação sozinha não transforma a sociedade, sem ela tampouco a sociedade muda!” Isto posto, ao pensarmos o panorama das instituições de ensino desse país e lutarmos não somente no desenvolvimento profissional, mas também pelo acesso aos direitos e às políticas públicas eficazes para a população alvo a qual atenderemos, estamos cumprindo com a nossa responsabilidade de agir como agentes de transformação social. Por isso, a atuação em entidades estudantis na busca de melhores condições de formação, favorecem experiências que possibilitam maior crescimento acadêmico e pessoal, ao permitir vivências importantes no que concerne os fatores básicos tanto de aprendizagem quanto da prática profissional.
Por fim, fazer parte do movimento estudantil é viver inquietações acerca da realidade e buscar no coletivo a força e a coragem necessárias para seguir lutando, existindo e resistindo!”