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Publicado em: 30/01/2022
Dia Mundial e Nacional de Combate e Prevenção da Hanseníase
Celebrada sempre no último domingo de janeiro, a data busca conscientizar sobre prevenção, tratamentos, e sobre a importância de derrubar preconceitos e estigmas em relação à doença.
Símbolo da conscientização sobre a Hanseníase, o último domingo do mês de janeiro marca, no Brasil e no mundo, o Dia de Combate e Prevenção da Hanseníase. Segundo a coordenação do Movimento de Reintegração das Pessoas Atingidas pela Hanseníase (Morhan), são dois os principais motivos e desafios para que a doença ainda não tenha sido eliminada no Brasil: o preconceito e a falta de informação. Em 2022 a celebração é no dia 30 de janeiro, com foco no tema “Precisamos falar sobre hanseníase”.
O Dia de Combate e Prevenção da Hanseníase é o auge das campanhas do Janeiro Roxo - mês dedicado a chamar a atenção da sociedade para essa doença, que muitos ainda desconhecem contar com tratamento e cura.
Período entre infecção e primeiros sinais pode levar até 5 anos
A hanseníase é uma doença infecciosa causada pelo bacilo de Hansen. A reprodução desse bacilo é lenta, e pode levar até 5 anos para que apareçam os primeiros sinais da doença, conforme revelam as informações da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas).
Dentre os sinais, destacam-se manchas na pele - que podem evoluir para lesões e perda de sensibilidade na área afetada -, e também fraqueza muscular e sensação de formigamento nos pés e nas mãos.
Sem tratamento, esses sinais iniciais podem provocar sequelas permanentes, tais como deformidades e até mutilações.
Abordagem da hanseníase na formação profissional de fisioterapeutas é precária
O fato de a hanseníase, quando tratada tardiamente, comprometer em diferentes níveis as funções mecânicas (além de todas as consequências sociais, como estigmas e preconceitos ), vai exigir dos profissionais de fisioterapia e de terapia ocupacional o domínio de informações específicas sobre as características dessa doença.
Um estudo de 2019 feito com estudantes de Fisioterapia de três universidades, de autoria dos pesquisadores Cláudia Cecília de Souza Álvarez e Günter Hans Filho, da Universidade Federal do Mato Grosso do Sul, concluiu que mais da metade desses estudantes “disseram não ter conhecimento das abordagens e práticas fisioterápicas em hanseníase”, seja na identificação, avaliação, tratamento ou orientação ao paciente com a doença.
Na terapia ocupacional, atenção ao paciente e à família
A Terapia Ocupacional tem papel relevante no processo de acompanhamento e tratamento durante a evolução da hanseníase, estando presente na assistência, na gestão das políticas públicas e na pesquisa.
A união dessas três frentes de atuação garantem a construção de uma rede de apoio aos pacientes e também aos familiares.
“A terapia ocupacional pode oferecer apoio e acompanhamento na manutenção e melhora da condição emocional e integridade social, além de ressignificar o cotidiano dos pacientes que precisaram se afastar do trabalho ou de suas atividades rotineiras”, declara a terapeuta ocupacional Susilene Nardi, idealizadora e embaixadora da TecHansen, um projeto da Aliança contra a Hanseníase (Alliance Against Leprosy/AAL).
Referências
ALVAREZ, Cláudia Cecília de Souza; HANS FILHO, Günter.
Hanseníase e Fisioterapia: uma abordagem necessária. J. Hum. Growth Dev. São Paulo , v. 29, n. 3, p. 416-426, dez. 2019 .
Disponível em http://pepsic.bvsalud.org/
scielo.php?script=sci_arttext& pid=S0104-12822019000300014& lng=pt&nrm=iso
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