Aprovação de projeto de lei coloca em destaque a importância da abordagem interdisciplinar no enfrentamento da seletividade alimentar de crianças diagnosticadas com TEA.
Reconhecimento da especialidade pelo COFFITO ocorreu em 13 de junho de 2008
Matéria destaca o processo de recuperação do ex-zagueiro Lúcio, que sofreu queimaduras em 18% do corpo após um acidente doméstico.
Iniciativa marca articulação bem sucedida entre os Conselhos Regionais das profissões da área da saúde e o Poder Legislativo da Capital
Publicado em: 08/05/2015
Fórum defende atendimento multidisciplinar para pessoas com autismo
Especialistas defenderam no dia 30 de abril, durante o II Fórum Municipal de Autismo – Territorialização e Intersetorialidade dos Serviços -, a necessidade de pessoas com autismo terem atendimento multidisciplinar. Durante o evento realizado na Câmara Municipal de São Paulo, os participantes também sinalizaram para a necessidade de a família receber orientação para lidar com a situação.
“O nosso objetivo com esse fórum é que o poder público perceba a importância da integração entre saúde, educação e o acolhimento da família de pessoas com autismo”, explicou a integrante do Movimento Pró-Autista Ana Ruiz, que tem uma filha e outros familiares com essa patologia.
O trabalho em conjunto de diversos profissionais e o diagnóstico ainda na infância é fundamental para o desenvolvimento do autista. “Na nossa instituição temos uma equipe grande para fazer a avaliação do paciente e também atender a família, explicando as competências e as dificuldades de quem tem autismo. Além disso, oferecemos assistência para as escolas onde essas crianças estão matriculadas”, explicou o presidente do Centro Pró-Autista, Wanderley Manoel Domingues. “O autismo é o problema mais grave para o desenvolvimento da criança. Por isso, a necessidade de se investir nos tratamentos ainda na infância”, acrescentou.
O Projeto de Lei (PL) 428/2013, do vereador Natalini, para a criação do programa de proteção à saúde bucal da pessoa com transtorno do espectro do autismo também foi discutido durante o fórum. Para a mediadora do debate e dentista Adriana Gledys Zink, a proposta é importante para estimular a especialização dos profissionais. “No estado de São Paulo temos 80 mil dentistas, sendo que apenas 177 são especialistas em saúde bucal para deficiente. Além disso, é fundamental que um dentista faça parte da equipe multidisciplinar para atender autistas”, declarou.
O autor do projeto e proponente do Fórum sinalizou para a necessidade de mais investimentos do poder público. “O SUS (Sistema Único de Saúde) não tem dinheiro e o Governo Federal tem custeado cada vez menos o sistema. Essa situação faz com que fique complicado oferecer um tratamento de qualidade para a sociedade, o que seria de direito”, explicou. “Nós estamos dispostos a ajudar e tenho certeza que a nossa lei vai ser aprovada”, disse.
Com informações
da Câmara Municipal de São Paulo