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Reconhecimento da especialidade pelo COFFITO ocorreu em 13 de junho de 2008
Matéria destaca o processo de recuperação do ex-zagueiro Lúcio, que sofreu queimaduras em 18% do corpo após um acidente doméstico.
Iniciativa marca articulação bem sucedida entre os Conselhos Regionais das profissões da área da saúde e o Poder Legislativo da Capital
Publicado em: 30/11/2015
Ministério da Saúde confirma relação entre vírus Zika e casos de microcefalia
O Ministério da Saúde confirmou no sábado (28) a
relação entre o vírus Zika e o surto de microcefalia na região Nordeste. O
Instituto Evandro Chagas, órgão do ministério em Belém (PA), encaminhou o
resultado de exames realizados em um bebê, nascida no Ceará, com microcefalia e
outras malformações congênitas. Em amostras de sangue e tecidos, foi
identificada a presença do vírus Zika.
A partir desse achado do bebê que veio à óbito, o Ministério da Saúde considera
confirmada a relação entre o vírus e a ocorrência de microcefalia. Essa é uma
situação inédita na pesquisa científica mundial. As investigações sobre o tema
devem continuar para esclarecer questões como a transmissão desse agente, a sua
atuação no organismo humano, a infecção do feto e período de maior
vulnerabilidade para a gestante. Em análise inicial, o risco está associado aos
primeiros três meses de gravidez.
O achado reforça o chamado do Ministério da Saúde para uma mobilização nacional
para conter o mosquito transmissor, o Aedes aegypti, responsável pela
disseminação da dengue, zika e chikungunya. O êxito dessa medida exige uma ação
nacional, que envolve a União, os estados, os municípios e a toda a sociedade
brasileira. O momento agora é de unir esforços para intensificar ainda mais as
ações e mobilização.
A campanha lançada nesta semana alerta que o mosquito da dengue mata e,
portanto, não pode nascer. A ideia é que todos os dias sejam utilizados
para uma limpeza e verificação de focos que possam ser criadouros do mosquito.
O resultado do Levantamento Rápido de Índices para Aedes aegypti (LIRAa) indica
199 municípios brasileiros em situação de risco de surto de dengue, chikungunya
e zika, sendo necessária uma mobilização, de todos, imediata.
O Ministério da Saúde também foi notificado, na
sexta-feira (27), pelo Instituto Evandro Chagas sobre outros dois óbitos
relacionados ao vírus Zika. As análises indicam que esse agente pode ter
contribuído para agravamento dos casos e óbitos. Esta é a primeira ligação de
morte relacionada ao vírus Zika no mundo, o que demostra uma semelhança com a
dengue.
O primeiro caso foi confirmado pelo Instituto Evandro Chagas, de Belém (BA),
trata-se de um homem com histórico de lúpus e de uso crônico de medicamentos
corticoides, morador de São Luís, do Maranhão. Com suspeita de dengue,
foi realizada coleta de amostra de sangue e fragmentos de vísceras (cérebro,
fígado, baço, rim, pulmão e coração) e enviadas ao IEC. O exame laboratorial
apresentou resultado negativo para dengue. Com a técnica RT-PCR, foi detectado
o genoma do vírus Zika no sangue e vísceras.
Confirmado na sexta-feira (27), o segundo caso é de uma menina de 16 anos, do
município de Benevides, no Pará, que veio a óbito no final de outubro. Com
suspeita inicial de dengue, notificada em 6 de outubro, ela apresentou dor de
cabeça, náuseas e petéquias (pontos vermelhos na pele e mucosas). A coleta de
sangue foi realizada sete dias após o início dos sintomas, em 29 de setembro. O
teste foi positivo para Zika, confirmado e repetido.
Todos os achados estão sendo divulgados conforme são conhecidos. O objetivo é
dar transparência sobre a situação atual, assim como emitir orientações para
população e para a rede pública. Esse é um achado importante e merece atenção.
O Ministério da Saúde está se aprofundando na análise dos casos, além de
acompanhar outras análises que vem sendo conduzidas pelos seus órgãos de
pesquisa e análise laboratorial. O protocolo inicial para o atendimento de
possível agravamento da Zika será o mesmo utilizado para situações mais graves
de dengue.
O Ministério da Saúde mantém as investigações sobre a ocorrência de
microcefalia em bebês, assim como a avaliação de casos graves em adultos, a
manifestação clínica e a disseminação da doença. Nesta semana, a convite de
governo federal, representantes do CDC (Centro de Prevenção e Controle de
Doenças, em inglês), dos Estados Unidos, integrarão os esforços das autoridades
e parceiros nacionais nestas análises. O CDC é referência para a Organização
Mundial de Saúde (OMS) em doenças transmissíveis.
A OMS e a sua representação nas Américas, a OPAS, têm sido atualizadas sobre o
andamento das ações, dos resultados e das conclusões do Ministério da Saúde.
O Ministério da Saúde intensificou o acompanhamento da situação, de forma
prioritária, e divulgará orientações para rede pública e para a população,
conforme os resultados das investigações. Além disso, mantém
contato com as secretarias estaduais e municipais para articular uma resposta
conjunta e, em especial, a mobilizar ações contra o mosquito Aedes aegypti.
O Ministério da Saúde informa, ainda, que a Presidência da República determinou
a convocação do GEI (Grupo Executivo Interministerial), que envolve 17 ministérios,
para a formulação de plano nacional do combate ao vetor transmissor, o mosquito
Aedes Aegypti. Também estão sendo estimuladas pesquisas para o
diagnóstico da doença e frentes de mobilização em regiões mais críticas. Não
faltarão recursos financeiros para suporte às ações.
As medidas envolvem, finalmente, ações de comunicação e
suporte assistencial, como pré-natal, atenção psicossocial, fisioterapia,
exames de suporte e estímulo precoce dos bebês.
Com informações
do Portal Brasil