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Publicado em: 11/12/2015

Ato em São Paulo comemora vitória contra reorganização escolar

Professores e alunos da rede pública de ensino do estado de São Paulo realizaram ontem no vão livre do Museu de Arte de São Paulo (Masp), um ato em comemoração à revogação da reorganização escolar proposta pelo governo paulista e em defesa d educação pública.

A manifestação, organizada pelo Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (Apeoesp), reivindicou também que os debates e discussões sobre a educação, prometidos pelo Palácio dos Bandeirantes para ocorrer em 2016, sejam feitos de forma horizontal, com a participação das partes envolvidas no assunto.

“A educação pública nunca mais será a mesma. O movimento foi vitorioso. Mas não podemos aceitar dialogar com exclusão, com verticalismo. Pais, estudantes, e professores tiveram papel fundamental nessa luta”, disse a presidente da Apeoesp, Maria Izabel Azevedo Noronha, a Bebel.

O projeto da Secretaria da Educação do Estado de São Paulo previa o fechamento de 94 escolas e a transferência de cerca de 311 mil estudantes para instituições de ensino na região onde moram. O objetivo da reorganização, segundo a secretaria, era segmentar as unidades em três grupos, conforme a idade e o ano escolar. De acordo com o órgão, a segmentação melhora o rendimento dos alunos.

Na última sexta-feira (4), no entanto, após cerca de quatro semanas de ocupação de escolas pelos alunos, o governo estadual recuou e anunciou que a reorganização do ensino seria revogada. O governador Geraldo Alckmin disse que usaria o ano de 2016 para debater as mudanças na educação.

“Temos muito a comemorar, mas daqui para a frente a temos muita coisa para fazer e 2016 não será um ano fácil. Todos os estudantes, professores pais e mães vão precisar estar mobilizados”, disse a presidenta União Paulista dos Estudantes Secundaristas (Upes), Angela Meyer.

“Temos uma oportunidade histórica debater as nossas escolas de perto e fazer com que a nossa educação tenha qualidade, com uma escola pública que atenda as nossas demandas, que tenha laboratórios, salas de informática que funcionem, com professores bem valorizados e material didático que não imponha conteúdo”.

Segundo Ângela Meyer, os estudantes deverão, no próximo ano, continuar a fazer manifestações e, talvez, ocupações: “Se o Alckmin acha que acabou agora, só porque ele suspendeu a reorganização, não acabou. Vamos continuar, com muita passeata pela frente e muita paralisação de escolas e, se bobear, vamos ocupar mais escolas ano que vem”.

Segundo a Secretaria da Educação do Estado, o número de escolas ocupadas, hoje, é de 123. De acordo com a Apeoesp, são 114. Gradativamente, desde a revogação do decreto, os alunos passaram a desocupar as unidades de ensino. O número chegou a ser 205, na última sexta-feira, segundo o sindicato de professores, e 196, de acordo com a secretaria.

Em nota, a secretaria disse que tem atuado para entregar escolas melhores, com ambientes mais preparados para cada faixa etária e com profissionais capacitados para atender os estudantes. De acordo com a pasta, a intenção era que, com a reorganização, as unidades escolares tivessem ciclos únicos, já que há, segundo a secretaria, estudos indicando que os alunos têm rendimento 10% maior nesse modelo. A secretaria informou ainda que, desde 1998, as escolas estaduais deixaram de receber dois milhões de matrículas. Por isso, há necessidade de readequação.

A Polícia Militar de São Paulo e os organizadores da manifestação não informaram o número de participantes do ato.

Com informações da Agência Brasil