Aprovação de projeto de lei coloca em destaque a importância da abordagem interdisciplinar no enfrentamento da seletividade alimentar de crianças diagnosticadas com TEA.
Reconhecimento da especialidade pelo COFFITO ocorreu em 13 de junho de 2008
Matéria destaca o processo de recuperação do ex-zagueiro Lúcio, que sofreu queimaduras em 18% do corpo após um acidente doméstico.
Iniciativa marca articulação bem sucedida entre os Conselhos Regionais das profissões da área da saúde e o Poder Legislativo da Capital
Publicado em: 23/02/2016
Famílias protestam contra reintegração de posse na zona sul de SP
Cerca de 200
pessoas fazem hoje (23) um protesto na zona sul da capital paulista contra a
reintegração de posse do terreno da ocupação Plínio Resiste. O grupo começou a
manifestação às 5h no Terminal de Ônibus Varginha e deixou bloqueadas vias como
a Avenida Teotônio Vilela até a subprefeitura Capela do Socorro.
O objetivo é
conseguir uma reunião com a secretaria municipal de Habitação. “A manifestação
é para que a prefeitura se pronuncie para negociar o terreno. Queremos uma
proposta de construção de moradia popular para essa área que está destinada por
lei para isso. Estamos fazendo essa pressão para abrir o canal de negociação
com a prefeitura”, disse Bruno Magalhães, um dos coordenadores da ocupação
Plínio Resiste.
Segundo ele,
o terreno, localizado na rua Luis Rotta, número 86, Jardim Alpino, está numa
Zona Especial de Interesse Social (Zeis) e é de utilidade pública. A área é
propriedade particular e tem a reintegração de posse marcada num prazo máximo
de até 10 de março.
“Teremos uma
reunião quinta-feira (25) no 50o Batalhão da Polícia Militar, às 10h, para
discutir a reintegração. Nós vamos resistir, mas não vamos para o embate”,
disse Leanir José da Costa, outro coordenador do movimento.
Necessidades
As cerca de 200
famílias vivem há 7 meses no terreno ocupado. No total, 700 famílias estão
cadastradas pelo movimento aguardando oportunidade de se mudar para a ocupação.
“Aquele terreno estava abandonado há mais de 40 anos”, disse Bruno.
Entre os
moradores que participaram do protesto de hoje estava Jaqueline Santos da
Silva, 33 anos, ajudante geral. Ela participa do movimento há dois anos. Com
três filhos para cuidar sozinha, ela conta que ficou desesperada quando se viu
desempregada e sem condições de pagar R$ 780 de aluguel.
“Era difícil.
Até necessidade a gente passava. Eu não teria condições de pagar aluguel agora,
não seria fácil para mim, nem para os outros moradores, que não têm o que
comer. Se formos despejados não teremos para onde ir. A gente está ali porque a
gente precisa de moradia”, lamentou.
Rosildo de
Oliveira Costa, 45 anos, pedreiro, vive situação parecida. Antes de se mudar
para a ocupação, ele pagava R$ 500 de aluguel. “Se fosse para sair de onde eu
estou agora, para pagar esse valor, eu não ia ter dinheiro nem para o depósito.
Então, eu não ia alugar, eu ia morar debaixo da ponte, na rua com meus dois
filhos e minha esposa”.
Atualmente,
Rosildo está sem emprego, numa situação financeira difícil. “Tem a dificuldade
de trabalho, está escasso. Se você não tiver conhecimento muito grande você vai
padecer na falta de trabalho. Estou desempregado agora, com dois filhos para
criar. Pela sociedade, somos humilhados, não temos o direito à moradia. Muitos
pais de família aqui também estão numa situação crítica”, contou.
Com informações da Agência Brasil