Aprovação de projeto de lei coloca em destaque a importância da abordagem interdisciplinar no enfrentamento da seletividade alimentar de crianças diagnosticadas com TEA.
Reconhecimento da especialidade pelo COFFITO ocorreu em 13 de junho de 2008
Matéria destaca o processo de recuperação do ex-zagueiro Lúcio, que sofreu queimaduras em 18% do corpo após um acidente doméstico.
Iniciativa marca articulação bem sucedida entre os Conselhos Regionais das profissões da área da saúde e o Poder Legislativo da Capital
Publicado em: 09/03/2016
OMS alerta que vacina contra vírus Zika pode chegar tarde demais
A Organização Mundial da Saúde (OMS) alertou hoje (9) que
uma vacina contra o vírus Zika pode chegar "tarde demais" para ter um
impacto real na atual epidemia na América Latina.
"O desenvolvimento das
vacinas ainda está em um estágio muito precoce e as opções mais avançadas ainda
vão demorar vários meses para serem testadas em humanos", disse a
diretora-geral-adjunta da OMS, Marie-Paule Kieny, acrescentando que "é
possível que as vacinas cheguem tarde demais para o atual surto na América
Latina".
Em declarações, dadas ao fim
de uma reunião de dois dias sobre a pesquisa relacionada ao vírus, a
especialista disse que a vacina é um "imperativo", especialmente para
mulheres grávidas e para mulheres em idade fértil.
No entanto, o diretor do
instituto de pesquisa brasileiro Butantan, Jorge Kalil, disse que o processo
será lento: "Talvez dentro de três anos tenhamos uma vacina. Três anos,
sendo otimista".
Na reunião, que juntou
especialistas e representantes dos países afetados, os cientistas definiram
como prioridades o desenvolvimento de testes de diagnóstico, a produção de
vacinas para mulheres em idade fértil e a criação de instrumentos de controle
vetorial que permitam reduzir a população de mosquitos.
"O vírus Zika leva a uma
infecção moderada e quase inofensiva na maioria dos pacientes”, recordou
Marie-Paule Kieny, explicando que, por esse motivo, a produção de medicamentos
para tratar a infecção "e menos prioritária nesta fase".
"A necessidade mais
premente é o desenvolvimento de instrumentos de diagnóstico e prevenção para
preencher a atual lacuna na investigação e para proteger as mulheres grávidas e
os seus bebês", afirmou.
Pesquisa
De acordo com a OMS, 67
empresas e instituições estão atualmente empenhadas em produzir testes,
vacinas, medicamentos e produtos para controlar o mosquito Aedes aegypti, que
transmite o vírus Zika.
São 31 equipes trabalhando em
testes de diagnóstico, 18 focadas no desenvolvimento de vacinas, oito para
tratar da doença e 10 no controle do mosquito transmissor, que se encontram em
diferentes estágios de desenvolvimento. Até o momento, nenhuma vacina ou
medicamento foi testada em humanos.
Segundo a OMS, a comunidade
científica "respondeu prontamente" à necessidade de produtos médicos
relacionados à infecção por Zika e de medidas inovadoras de controle vetorial.
Em comunicado, a OMS destacou
também que a rapidez com que a informação está sendo divulgada entre os países
é "um grande avanço em relação à resposta da comunidade científica ao
surto de Ébola" que atingiu países da África em 2014 e 2015.
“Embora o desenvolvimento de produtos esteja em fase mais inicial do que o do Ébola", disse Marie-Paule Kieny, a metodologia e a coordenação entre parceiros "está muito mais avançada, graças às lições aprendidas durante a epidemia de Ébola".
Com informações da
Agência Brasil