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Publicado em: 14/03/2016
Pesquisa comprova eficácia de óleos de orégano e de cravo no combate ao Aedes
Uma pesquisa
da Pontifícia Universidade Católica (PUC) de Minas Gerais e da Fundação
Ezequiel Dias (Funed) atestou a eficiência do uso dos óleos de orégano e de
cravo para matar as larvas do mosquito Aedes aegypti. O próximo passo do
estudo será desenvolver a fórmula para um larvicida, que será colocado à
disposição do mercado.
Em contato
com o criadouro, os óleos matam as larvas em até 24 horas. A pesquisadora
Alzira Batista Cecílio espera que até o meio do ano a formulação já esteja
pronta para ser apresentada à indústria. "Produto natural não pode ser
patenteado. Então, só após a formulação do larvicida, poderemos patentear e
iniciar as negociações com as empresas", afirma.
O estudo é um
desdobramento de outra pesquisa mais ampla, que testa o uso de produtos
naturais para combater diversos tipos de vírus. "Nesse cenário preocupante
em relação ao vírus da dengue, nós decidimos começar a estudar também plantas
que pudessem eliminar o vetor", acrescenta Alzira. Além da dengue, o
mosquito Aedes aegypti é o transmissor do vírus Zika e da febre
chikungunya.
O orégano e o
cravo foram selecionados após análise de mais de 20 plantas. O óleo é extraído
com o uso de equipamentos específicos. Por essa razão, não adianta por exemplo
colocar folhas de orégano ou cravo nos vasos das plantas.
Neste
momento, está sendo feito o estudo fitoquímico, para detalhar a composição
química dos óleos. Futuramente, está previsto também o teste desses óleos no
combate a outras fases da vida do mosquito, o que pode levar ao desenvolvimento
de um inseticida aerosol ou um repelente. A pesquisadora alerta, porém, que
esses produtos são apenas ferramentas auxiliares para combater o Aedes.
"Eliminar os criadouros continua sendo o ponto chave", reitera.
Larvicida degradável
Segundo
Alzira Cecílio, o objetivo é desenvolver um produto que não contamine o meio
ambiente, já que a maioria dos criadouros de larvas está espalhada. Elas podem
ter contato com animais e até água voltada para o consumo humano, como por
exemplo nas caixas d"água. "Queremos um larvicida que seja degradado
rapidamente e não contamine a água, ao mesmo tempo em que tenha boa eficácia. A
maioria dos larvicidas usados hoje exige algum cuidado na aplicação e deixa a
água com alguma toxicidade", explica.
No mês
passado, uma nota técnica da Associação Brasileira de Saúde Coletiva (Abrasco)
gerou polêmica ao criticar os larvicidas usados atualmente. O governo do Rio
Grande do Sul chegou a suspender o uso do Pyriproxifen, ao considerar que o
produto poderia estar relacionado à ocorrência de microcefalia em bebês. A
própria Abrasco negou que tenha colocado essa possibilidade em
questão.
Em entrevista
à Agência Brasil, o coordenador do grupo de saúde e ambiente da Abrasco,
Marclo Firpo, explicou que foi um mal-entendido, mas reafirmou que a entidade é
contra o uso de agentes químicos na água potável e que danos à saúde
decorrentes desses produtos não estão descartados. "Consideramos um
contrassenso sanitário, um absurdo a colocação de veneno larvicida na água
potável", disse.
Com informações da Agência Brasil