Aprovação de projeto de lei coloca em destaque a importância da abordagem interdisciplinar no enfrentamento da seletividade alimentar de crianças diagnosticadas com TEA.
Reconhecimento da especialidade pelo COFFITO ocorreu em 13 de junho de 2008
Matéria destaca o processo de recuperação do ex-zagueiro Lúcio, que sofreu queimaduras em 18% do corpo após um acidente doméstico.
Publicado em: 29/04/2016
Curso de Zika estará disponível online para profissionais de todos os países
O módulo de formação, online e gratuito, é destinado, prioritariamente, a médicos, enfermeiros, fisioterapeutas e profissionais de nível superior da Atenção Básica
O curso do
Ministério da Saúde sobre atendimento a pacientes com vírus Zika será ofertado
a profissionais de saúde de todo o mundo. Em parceria com a Organização Mundial
da Saúde (OMS) e a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), a pasta vai
passar a ofertar o módulo também nas línguas inglesa e espanhola. O curso
“Zika: abordagem clínica na Atenção Básica” poderá ser acessado no próprio site
da Universidade Aberta do Sistema Único de Saúde (UNA-SUS), onde já consta a
versão em português, além de ser disponibilizado também em plataformas virtuais
geridas pela OMS e pela OPAS. A previsão é que a ferramenta esteja disponível a
partir de maio deste ano.
O secretário de
Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde do Ministério da Saúde, Heider Pinto,
enfatiza a importância de se disseminar informações sobre o vírus Zika. “É
essencial haver um esforço global para combater essa doença e suas
consequências. E o Brasil, que acumulou experiência, tanto no combate quanto no
estudo desse novo desafio de saúde pública, tem a obrigação de transmitir seus
conhecimentos às demais nações”, explica. “O curso já está sendo ofertado em
português e tem se mostrado um grande sucesso, com em torno de 27,5 mil
matrículas já realizadas”, completa.
O Representante da
Organização Pan-Americana da Saúde/Organização Mundial da Saúde (OPAS/OMS) no
Brasil, Joaquín Molina, acredita que o curso deverá estar disponível em breve
na plataforma Campus Virtual de Saúde Pública, espaço de aprendizado online da organização. “Foi muito
generoso o ato do Ministério da Saúde de colocar à disposição de outros países
de língua inglesa e espanhola um curso sobre zika. O Brasil tem muito a ensinar
ao mundo sobre vigilância e controle de vetores. O curso também será
disponibilizado à sede da OMS, em Genebra, dado o potencial de disseminação que
o vírus está tendo no mundo. A OPAS/OMS está neste momento trabalhando nas
adaptações necessárias para a adequação do conteúdo a uma linguagem
internacional. Estou confiante de que em breve poderemos disponibilizá-lo a
outros países”, afirma.
A versão em
português está disponível desde fevereiro e apresenta informações sobre o vírus
Zika relacionadas à conduta nos casos e situações tratadas nos protocolos
aprovados pelo Ministério da Saúde. O módulo de formação é destinado,
prioritariamente, a médicos, enfermeiros, fisioterapeutas e profissionais de
nível superior da Atenção Básica, no entanto, é aberto para qualquer um
interessado em conhecer mais sobre a doença. Com 45 horas-aula de duração, o
módulo tem um capítulo integralmente dedicado aos cuidados voltados às
gestantes com infecção pelo vírus e aos recém-nascidos com microcefalia. As
inscrições devem ser realizadas pelo site da UNA-SUS e seguem até o dia 15 de fevereiro de
2017.
O curso é composto
por quatro unidades educacionais. Os módulos são: aspectos epidemiológicos,
promoção à saúde e prevenção de infecção por vírus Zika; quadro clínico e
abordagem a pessoas infectadas com vírus Zika; os cuidados com as gestantes com
suspeita ou confirmação de infecção por vírus Zika e do recém-nascido com
microcefalia; e vigilância da infecção por vírus Zika e suas complicações. A
ação trabalha pedagogicamente com atividades interativas, casos clínicos,
vídeos com especialistas e entrevistas.
OUTROS
CURSOS – Além do curso de Zika,
o Ministério da Saúde oferta outras quatro opções de capacitação voltadas para
o combate ao Aedes aegypti, bem como para a atenção às doenças
transmitidas pelo vetor. Está disponível, desde janeiro, um curso
de atualização no combate vetorial voltado para agentes comunitários de saúde,
agentes de combate às endemias, profissionais de educação, assistência social e
defesa civil, militares e multiplicadores em resposta a emergências em saúde
pública. Além desses profissionais, também podem participar as pessoas que
estiverem interessadas em ampliar os conhecimentos sobre as doenças e sobre
como eliminar o mosquito.
Com linguagem
simples e de fácil entendimento, e de acesso livre a qualquer pessoa, o módulo
é realizado pela internet, tem 16 horas de duração e conta com certificação ao
final. Para acessar o conteúdo, é preciso fazer um cadastro na página do Ambiente
Virtual de Aprendizagem do SUS (AVA-SUS) ou
do Telessaúde Brasil Redes(Núcleo do Rio Grande
do Sul) e começar as aulas virtuais. A expectativa é de que agentes
comunitários de saúde e agentes de combate às endemias de todo o país
atualizem-se pela plataforma. O curso já conta com 7,5 mil inscritos.
Outras duas ações
importantes são os cursos para diagnóstico e manejo de dengue e de chikungunya, ofertados de forma permanente
pela UNA-SUS a profissionais de saúde de nível superior. O enfoque do curso de
dengue, composto por oito estudos de caso, é a identificação do risco de casos
suspeitos e a adoção das condutas corretas diante das diferentes situações
clínicas, visando à redução de complicações. Desde 2012, foram recebidas mais
de 21 mil matrículas para o curso de dengue, sendo a maioria delas realizadas
por enfermeiros (48%) e médicos (32%). A maior parte dos profissionais
matriculados (52%) atua em centros de saúde e unidades básicas de saúde, que
são as portas de entrada do SUS.
Já o curso de
chikungunya foi lançado em dezembro de 2015 – a primeira oferta recebeu 9.494
matrículas, sendo 36% de enfermeiros, 30% de médicos e 16% de técnicos e
auxiliares de enfermagem. A maioria dos matriculados (52%) atua em centro de saúde
ou unidade básica. O curso é composto por duas unidades: a primeira traz
informações sobre epidemiologia, quadro clínico, diagnóstico, ações de
vigilância e organização dos serviços de saúde, além de apresentar a
importância da educação permanente em saúde. Já a segunda unidade aborda casos
clínicos, nos quais o profissional é estimulado a refletir sobre a melhor
conduta para realizar o manejo de pacientes com suspeita da doença.
Com informações da Agência Saúde